Adultos precisam manter caderneta de vacinação em dia

Engana-se quem pensa que colocar a caderneta de vacinação em dia é só coisa de criança.

qua, 22/08/2018 - 16h47 | Do Portal do Governo

Tomar vacina é normalmente ligado a um hábito infantil. Mas engana-se quem pensa que colocar a caderneta de vacinação em dia é só coisa de criança. Os adultos também devem manter atualizadas as suas vacinas.

“A importância de manter as vacinas em dia na vida adulta está, justamente, na proteção dos indivíduos e evitar que eles fiquem doentes”, afirma Marta Heloísa Lopes, infectologista do Hospital das Clínicas da USP.

As vacinas necessárias para a fase adulta são: difteria e tétano; Hepatite B; e Sarampo, Caxumba e Rubéola. As pessoas que têm mais de 40 anos e acham que já tomaram todas as vacinas necessárias recebem um alerta. “No Estado de São Paulo, o esquema de vacinação em saúde pública começa a partir de 1968, então onde as pessoas tomaram vacina antes disso? Mesmo as clínicas privadas começaram a aparecer a partir de 1973. Logo, muitos adultos não foram vacinados na infância”, explica Marta.

A esteticista Emília Leonor, por exemplo, nunca parou para pensar em tomar vacinas depois de adulta, com exceção de casos isolados. “Só procurei um posto para tomar a vacina contra a febre amarela, por toda a recente mobilização e pelos casos”, conta ela.

Além das vacinas obrigatórias, existem algumas indispensáveis para grupos específicos. Por exemplo, cardiopatas, doenças pulmonares, diabéticos ou pessoas com problemas neurológicos têm que receber vacina de Influenza em qualquer idade, além da de pneumonia.

Mais recentemente, quem vai viajar para a Europa precisa se atentar ao risco de sarampo em alguns países do continente. “Pessoas que viajam para esses países e não estão devidamente protegidas podem se expor ao vírus e novamente trazê-lo para o nosso meio”, afirma a médica Ana Lúcia Frugis Yo.

O produtor Pedro Fogaça viajou à Rússia duas vezes neste ano a trabalho. Da primeira vez não tomou a vacina contra sarampo, mas não repetiu o erro da segunda vez. “Foi importante a mensagem sobre a importância da vacina ser reforçada nos meios de comunicação”, conta ele.

Há também casos de países que é imprescindível ter tomado a vacina para entrar no território. É o caso de alguns países da América do Sul localizados ao norte, como Bolívia e Peru.