Vacinação contra a febre aftosa busca atingir 10 milhões de animais em SP

Rebanhos de bovinos e bubalinos devem ser vacinados de 1º a 30 de novembro; os criadores têm até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária

qua, 11/11/2015 - 9h03 | Do Portal do Governo

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2015, que está sendo realizada no Estado de São Paulo de 1º a 30 de novembro, tem a meta de imunizar todos os bovídeos (bovinos e bubalinos) do rebanho, estimado em 10 milhões de cabeças, inclusive os que foram vacinados na etapa maio (que na época tinham de zero a 24 meses).

De acordo com Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo, a expectativa é que todo o rebanho bovídeo paulista seja vacinado contra a febre aftosa. O último índice alcançado nesta mesma etapa, em novembro de 2014, foi 99,02%. “O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido e assim teremos 100% do rebanho vacinado”, destacou. “São Paulo não registra focos da aftosa há 19 anos porque a cadeia produtiva está atenta e consciente da importância de manter a sanidade dos rebanhos”, completou Buchala.

Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a importância do rebanho brasileiro de bovídeos com 212,3 milhões de cabeças. O Estado de São Paulo se destaca neste cenário como o oitavo maior produtor de bovinos e o sexto maior produtor de bubalinos, o que potencializa a responsabilidade.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, enfatizou a importância da vacinação do rebanho. Ele destacou que a bovinocultura é a segunda atividade do agronegócio paulista em importância econômica. “Então, é preciso estar atento à sanidade animal, para que nenhuma doença comprometa os rebanhos, com reflexos negativos na renda do produtor e para os agronegócios. O governador Geraldo Alckmin sempre faz questão de abrir a campanha de vacinação contra a febre aftosa. Como homem da saúde, pois é médico de formação, sempre destaca a importância das ações preventivas, também para garantir a saúde da população”, disse.

Alguns cuidados que devem ser adotados para garantir uma vacinação eficiente:

– adquirir vacina em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores;

– a vacina deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. A vacina nunca deve ser congelada;

– escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação e classificar os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação;

– vacinar de preferência no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina;

– usar seringas e agulhas higienizadas – sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). As agulhas devem ser substituídas com frequência, para evitar infecções, e os frascos da vacina devem ser mantidos resfriados durante a operação;

– a vacinação deve ser realizada de 1º a 30 de novembro de 2015. O criador tem até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária, ou através do sistema informatizado Gedave. É preciso ainda, declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos, aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. Não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária até a data estabelecida – 7 de dezembro – o torna passível de sanções: 5 Ufesps (R$ 106,25) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 63,75) por cabeça por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é R$ 21,25.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento