Sônia Galhardo, de 59 anos, mostra com orgulho os movimentos dos ombros recém-operados. A rotina do trabalho em salão de beleza provocou o rompimento dos dois tendões que fazem a conexão dos músculos ao osso. “Após a cirurgia, os médicos disseram que eu ficaria com 70% dos movimentos nos ombros. E veja: estou conseguindo mexer normal, estou com 100% de movimento. E o meu braço tem até parafuso”, conta. Sônia atribui parte de sua recuperação ao Programa UniversIdade, que oferece, gratuitamente, quase 100 atividades relacionadas a artes, cultura, esporte, lazer, saúde e geração de renda para pessoas da meia idade e terceira idade, acima dos 50 anos.
“Não dá pra você imaginar como este programa está sendo bom pra mim. Eu estava desanimada porque sempre fui muito ativa e trabalhei muito. E quando tive que parar e fiquei sabendo que não teria os movimentos totais foi muito triste e duro. Com aulas de consciência corporal, ginástica e alongamento fui recuperando os movimentos. Participo desde o início do programa. Fiquei sabendo pela televisão e me inscrevi já no dia seguinte. E trouxe meu marido para participar também!”, revela.
Sônia e mais 350 alunos do programa foram recepcionados na manhã da quinta-feira, 30 de julho, no Espaço Cultural Casa do Lago para o início das atividades do segundo semestre. O UniversIdade, que é desenvolvido pela reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disponibilizou 2,8 mil vagas em atividades para a população. “Nos seis primeiros meses desse programa eu pude presenciar diversas situações em que as atividades desenvolvidas mudaram a vida de algumas pessoas. Nós já temos, por exemplo, grupos de amigos que passaram a se reunir toda semana por conta dos encontros realizados aqui. Portanto, este convívio social que o programa tem possibilitado é a prova de que esta iniciativa tem dado muito certo”, afirma a participante.
Para a pró-reitora de pesquisa da Unicamp, Gláucia Maria Pastore, a iniciativa, recente, já pode ser considerada um sucesso. A pró-reitora, que inclusive ministra uma oficina sobre alimentação no programa, agradeceu o apoio dos órgãos envolvidos e ressaltou “o ânimo e entusiasmo, tanto dos participantes, como daqueles que fazem o programa acontecer.”
Brincando com o público, o pró-reitor de extensão e assuntos comunitários, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, observou que “não gosta da expressão ‘melhor idade'”, empregada para caracterizar os grupos de meia idade e terceira idade. “O nosso desafio é que toda a idade seja a melhor. Eu acho que, seja com dois, quatro, trinta ou oitenta anos, temos que viver a melhor idade sempre”, estimulou. Após a recepção, os alunos participaram do circuito saúde, com atividades relacionadas à qualidade de vida. Eles almoçaram no restaurante universitário e acompanharam apresentações musicais.
Da Unicamp
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
