Unesp inaugura Instituto de Pesquisa em Bioenergia

IPBEN vai coordenar o Programa Integrado de Pós-Graduação em Bioenergia da universidade, em conjunto com USP, Unicamp, Fapesp, Capes e CNPq

ter, 09/12/2014 - 13h58 | Do Portal do Governo

A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) inaugurou na quinta-feira, 4, o Instituto de Pesquisa em Bioenergia (IPBEN), na cidade de Rio Claro, no interior do Estado. A unidade funciona na Rua 10, em um dos prédios do antigo campus da universidade no bairro Santana. A criação do instituto abrigará a pós-graduação em bioenergia, que funcionará em conjunto com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A solenidade foi aberta pelo docente do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e coordenador Executivo do IPBEN, Nelson Ramos Stradiotto. Ele relembrou o início do processo para viabilização do instituto, em 2009, e a trajetória percorrida até que a unidade se tornasse realidade.

Foram investidos R$ 9,6 milhões na construção dos nove laboratórios pelo Governo do Estado, sendo um central localizado em Rio Claro e oito associados instalados nos campi de Assis (R$ 300 mil), Araraquara (R$ 1,2 milhão), Botucatu (R$ 1,2 milhão), Guaratinguetá (R$ 900 mil), Jaboticabal (R$ 1,2 milhão), Ilha Solteira (R$ 900 mil), São José do Rio Preto (R$ 900 mil) e Rio Claro (R$ 300 mil). No laboratório central do IPBEN em Rio Claro foram investidos R$ 2,7 milhões.

O docente do Laboratório de Genética Fisiológica da USP, Carlos Alberto Labate, destacou a importância da inauguração do IPBEN. “O que estamos vivendo hoje é um momento excepcional, a união das três universidades para fomentar a pesquisa e a formação de pessoas”, disse. Para ele, as três universidades estão dando exemplo de trabalho em conjunto para construir algo que seja bom para o país. “Precisamos olhar além do horizonte e o Brasil é o país da bioenergia”, declarou Labate.

O presidente da Sociedade de Bioenergia, Luís Augusto Barbosa Cortez, lembrou do início das pesquisas e biocombustível até a globalização do etanol na primeira década do século XXI. Ele ressaltou a importância da Fapesp nesse processo ao acreditar que era possível fazer ciência em bioenergia. Ainda destacou a necessidade de se “plantar” mais gente para trabalhar com o tema.

O pró-reitor de pós-graduação da Unesp de Rio Claro, Eduardo Kokubun, falou sobre a necessidade de se ter visão e perspectivas a longo prazo para que haja desenvolvimento. De acordo com ele, o trabalho conjunto das três universidades representa um desafio, mas alguns paradigmas já foram quebrados. A inauguração do IPBEN é resultado de planejamento, paciência e persistência.

A pró-reitora de pesquisa da Unesp, Maria José Soares Mendes Giannini, lembrou do longo processo para criação do IPBEN e destacou a participação de algumas pessoas que foram essenciais para a viabilização do projeto, como os professores Nelson Stradiotto e Antonio Carlos Simões Pião, que é ex-diretor do IGCE da Unesp de Rio Claro. Para ela, o instituto tem como principais objetivos fazer pesquisa diferenciada, formar recursos humanos de alta qualidade e transferir conhecimento para a sociedade. “A Unesp, a USP e a Unicamp estão escrevendo a história do país sobre o papel da pesquisa com essa ideia inovadora”, comentou.

O IPBEN vai coordenar o Programa Integrado de Pós-Graduação em Bioenergia da Unesp. O instituto será administrado pelo coordenador executivo, Nelson Ramos Stradiotto, e vice-coordenador executivo, Jonas Contiero, com o apoio dos membros dos Conselhos Superior e Executivo. O IPBEN tem como principais áreas de pesquisa: Biomassa para Bioenergia; Produção de Bicombustíveis; Utilização de Bicombustível em Motores; Biorrefinaria, Alcoolquímica Oleoquimica e Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental.

Da Unesp / Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação