SP tem menor número de homicídios da série histórica no primeiro semestre de 2015

A taxa é de 9,38/100 mil, a menor da história de São Paulo e do Brasil. Capital e Grande São Paulo também alcançam redução recorde

sex, 24/07/2015 - 15h34 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo bate novo recorde na queda dos homicídios dolosos com o fechamento do primeiro semestre do ano. Com a redução de 11,62% nas mortes intencionais nos seis primeiros meses, o índice caiu para 9,38 ocorrências por 100 mil habitantes – a menor taxa da história. “Pela primeira vez na série histórica temos um primeiro semestre do ano com menos de dois mil homicídios”, destacou o governador Geraldo Alckmin.

O governador e o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, divulgaram os índices na manhã desta sexta-feira (24), no 52º Distrito Policial (Parque São Jorge), na zona leste.

“São Paulo encerrou o ano passado com a taxa de 10,06 homicídios. Já era o único Estado da federação que chegou ao número considerado aceitável pela ONU”, afirmou Moraes. “E continuamos, pois, estamos encerrando o primeiro semestre com 9,38”. A taxa é referente dos últimos 12 meses – de julho de 2014 a junho de 2015.

Além do semestre, o número de ocorrências é também o menor para um mês de junho em toda a série histórica, iniciada em 2001. Com 262 casos registrados, a redução foi de 18,38% no mês em relação aos 321 homicídios registrados em junho de 2014 – 59 a menos.

MENOR TAXA DO BRASIL

São Paulo tem a menor taxa de mortes intencionais do país, de acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2014.

Apesar de já ser a menor da nação, o secretário enfatizou que o indicador deve cair ainda mais. “Os números sempre podem ser melhorados, pois estamos falando de vidas. Cada número que se diminui são várias vidas salvas, e isso mostra que São Paulo está fazendo a sua parte”, exaltou Moraes.

O índice do Brasil é de 23,7 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. O gráfico abaixo aponta que se o Estado de São Paulo fosse desconsiderado da contabilidade, o Brasil teria uma taxa ainda maior, totalizando 27,5/100 habitantes – 16,03% maior.

Com os índices de São Paulo dentro do Brasil, o país mantém uma taxa 13,82% menor.

Graças ao trabalho e empenho das polícias paulistas, o Estado alcançou em junho uma redução histórica de 73,41% em relação ao ano de 1999, quando São Paulo tinha 35,27 homicídios por 100 mil habitantes.

“Aproveitando a queda dos homicídios, gostaria de destacar a bravura da nossa polícia”, ressaltou Alckmin, ao elogiar a atuação dos policiais na prisão de um criminoso que tentou assaltar passageiros em ônibus e no resgate de uma mulher sequestrada. “E destacar também a investigação no combate ao tráfico de drogas”.

O governador e o secretário relembraram, especialmente, a apreensão de 1,6 tonelada de cocaína e 898 quilos de pasta base em Santa Isabel e 9 toneladas de maconha na Rodovia Castelo Branco. As ações foram realizadas pelas polícias Civil e Militar nos dias 17 e 20 deste mês.

“Nós já prendemos neste primeiro semestre três vezes mais do que no ano passado. Essa ação firme contra o tráfico de drogas também explica a redução dos homicídios”, explicou o governador. “De 30% a 40% das mortes intencionais é devido ao tráfico. Esse combate ajuda a diminuir os homicídios”.

GRANDE SÃO PAULO – MENOR TAXA DA HISTÓRIA

A Grande São Paulo registrou a menor taxa de homicídios da história da região. Com a redução de 34,25% em junho, o índice caiu para 10,77/100 mil habitantes. É a primeira vez para o período que o número de homicídios em um mês fica abaixo de 50 casos.

Os 48 casos registrados no mês é o menor número para junho de toda a série histórica, iniciada em 2001.

A queda de junho possibilitou que a região da Grande São Paulo alcançasse redução de 19,82% do indicador no semestre. O número passou de 555 para 445 – 110 a menos.

É o menor número de mortes intencionais para o semestre da série histórica e também a primeira vez que o indicador fica abaixo de 500 homicídios no período.

INTERIOR – QUEDA DE 10,65%

O interior de São Paulo registrou diminuição de 10,65% nos homicídios dolosos no semestre. Foram registradas 956 ocorrências. É a segunda vez que o número de casos fica abaixo de 1.000, desde 2001.  A quantidade de ocorrência é a segunda menor da série histórica.

Com a redução, a taxa de mortes intencionais é de 8,7/100 mil habitantes.

No mês, a queda foi de 9,03%. O total de casos passou de 155 em junho de 2014, para 141 no mesmo mês deste ano – 14 ocorrências a menos. É o segundo menor número para junho de toda a série histórica.



CAPITAL – RECORDE NA QUEDA DE HOMICÍDIOS

A Capital também apresentou mais uma vez recorde na redução dos homicídios dolosos, com a menor taxa de homicídios da história. O índice caiu para 9,51 ocorrências por 100 mil habitantes.

A queda foi de 5,36% no semestre, com 30 ocorrências a menos. Passou de 560 para 530 nos seis primeiros meses de 2015. É o segundo menor número da série histórica, atrás apenas de 2011, quando ocorreram 482 casos.

 Em junho, os 73 casos contabilizados é o menor índice para o mês de toda a série histórica. A queda foi de 21,51% em relação a junho do ano passado, quando houve 93 ocorrências.

5ª SECCIONAL – LESTE (CAPITAL)

Entre os destaques das regiões da Capital, está a 5ª Seccional Leste, que engloba 12 distritos policiais da zona leste.

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes na região é de 4,4, a menor da Capital. “E é menor que a taxa dos Estados Unidos, que é de 5,2 homicídios”, explicou Alckmin.

Houve queda de 22,22% no semestre. O número de casos passou de 18 para 14 – 4 ocorrências a menos. No mês de junho, as mortes intencionais caíram 3 para 2 – 33,33% a menos.

Dentre os distritos que compõe a 5ª Seccional, o 52º Distrito Policial (Parque São Jorge) não registrou nenhum homicídio doloso no primeiro semestre deste ano. No mesmo período de 2014, ocorreram dois casos.

O 29º DP (Vila Diva) também não contabilizou nenhuma morte intencional nos primeiros seis meses. De janeiro a junho de 2014, houve um caso.

Da Secretaria da Segurança Pública