SP reforça a importância do combate ao Aedes aegypti

Tarefa contínua e coletiva é fundamental para evitar focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

sex, 27/09/2019 - 9h01 | Do Portal do Governo

O enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva, fundamental para evitar focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, uma vez que cerca de 80% dos criadouros estão em residências. Neste ano, até 16 de setembro, houve 67 casos de zika, 191 de chikungunya e 370.090 casos de dengue, com 235 óbitos.

“O acúmulo de entulho, lixo, água parada é um cenário ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Manter o meio ambiente limpo e preservado contribui para a saúde coletiva e, por isso, pedimos a colaboração de toda a população”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para combate ao mosquito Aedes aegypti compete primordialmente aos municípios. O Estado presta auxílio por meio de treinamentos técnicos, além de apoio, sempre que necessário, do efetivo da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para ações de nebulização, entre outras. Há ainda a realização de exames de sorologia com finalidade epidemiológica por meio da rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.

“As ações vêm sendo concentradas nas áreas de maior risco e onde, no ano passado, houve uma incidência maior de casos de dengue”, completa o governador João Doria.

A dengue é sazonal, com oscilação de casos e aumento a cada três/quatro anos, em média. Em 2015, por exemplo, SP registrou recorde de infecções, com 709.445 casos e 513 óbitos.

Devido à circulação do sorotipo 2 de dengue, mesmo os pacientes que já tiveram dengue tipo 1, por exemplo, estão suscetíveis a infecções, o que contribui para o aumento de casos e até mesmo para a ocorrência de quadros clínicos mais graves.

Residências

Apesar da atuação do poder público, o apoio da população é fundamental para evitar focos de transmissão da dengue, pois cerca de 80% dos criadouros estão em residências. Assim, armazenar água de forma incorreta, deixar algum vão na caixa d’água ou esquecer recipiente no quintal são os principais motivos que fazem das casas os principais criadouros do Aedes aegypti, que prefere água parada e limpa.

O mosquito tem evolução rápida e pode sobreviver a todas as estações do ano. Uma pesquisa do Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e um dos maiores centros de pesquisa biomédicas do mundo, constatou que o Aedes aegypti possui patrimônio genético muito grande e variável mesmo no inverno, época de baixa incidência do inseto.

Orientações

É importante relembrar as dicas para evitar que as casas e apartamentos se transformem em criadouros:

  • Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre fechada;
  • Folhas e tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas também precisam ser removidos;
  • Encha os pratos dos vasos de plantas com areia até a borda;
  • Troque a água e lave o vaso das plantas aquáticas com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana;
  • Garrafas e recipientes que acumulam água devem ser sempre virados para baixo;
  • Caixas d’água também devem permanecer fechadas e todos os objetos que acumulam água, como embalagens usadas, devem ser jogados no lixo.

Da Secretaria da Saúde