O Estado de São Paulo oferece, pela primeira vez na história, residência médica na especialidade Medicina Paliativa. As atividades começaram em março, no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), administrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), na capital paulista, após autorização do Ministério da Educação.
Uma das marcas do pioneirismo presente na história do hospital, inaugurado em 1961, é o Serviço de Cuidados Paliativos, que existe no HSPE desde 2000, embora só tenha sido reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina como especialidade em 2010.
O Serviço de Cuidados Paliativos oferece atendimento domiciliar, beneficiando o usuário que dispõe em casa de um ambiente mais acolhedor que o hospital. Por se tratar de portadores de doenças sem cura, a internação do paciente de Cuidados Paliativos é feita apenas quando não há condições de manter o doente fora do hospital, pela necessidade de procedimentos mais complexos.
Segundo o professor e médico Reginaldo Guedes Coelho Lopes, presidente da Comissão de Residência Médica do Iamspe, a aprovação do programa de Medicina Paliativa demonstra o interesse na especialidade e destaca a qualidade do serviço existente no Hospital do Servidor.
Bruno Reis, de 30 anos, é o primeiro médico a cursar residência em Medicina Paliativa em São Paulo. O Iamspe e o Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip) são os dois primeiros do país a abrir residências nessa especialidade.
Além da Medicina Paliativa, o HSPE recebeu autorização do Ministério da Educação para outros quatro programas de Residência Médica, nas áreas de Endoscopia, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Mastologia e Infectologia Hospitalar.
O concurso de residência do Iamspe é o maior do país realizado por uma única instituição.
“No último concurso, realizado em novembro, 5.000 inscritos disputaram 136 vagas de primeiro ano”, ressalta o presidente da Comissão de Residência Médica do Iamspe, dr. Reginaldo.
Os residentes aprovados em concurso fazem a especialização em um período de um a quatro anos no HSPE.
“A demanda por essas novas áreas de residência médica se deu em razão da evolução da própria medicina, que a cada dia se especializa mais. Hoje, atuam no HSPE 318 médicos residentes em 42 áreas básicas e de especialidades. Com a aprovação das novas vagas, serão 338 profissionais residentes e existe a perspectiva de ampliação de vagas para outras especialidades no futuro”, diz dr. Reginaldo.
Do Iamspe
