SP ganha modelo inédito de unidades de cuidados prolongados

Santas casas no interior do Estado foram adaptadas para oferecer melhores condições de recuperação de pacientes de longa permanência

sáb, 31/08/2013 - 16h37 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo implantou neste sábado, 31 de agosto, um modelo inédito de unidades especializadas em cuidados prolongados.

O objetivo é oferecer melhores condições para recuperação de pacientes de longa permanência e, ao mesmo tempo, liberar leitos de internação em hospitais gerais. “Nós temos muitas santas casas no interior com dificuldade, parte dos prédios ociosos, estamos aproveitando esses espaços e abrindo leitos. São pacientes que não podem ir para casa, precisam ter cuidados prolongados e a gente desafoga os grandes hospitais”, disse o governador Geraldo Alckmin.

Inicialmente o modelo de atendimento será disponibilizado nas santas casas de Ipuã e Pedregulho, na região de Franca, que foram adaptadas. Serão 42 leitos, no total, dos quais 22 em Pedregulho e 20 em Ipuã.

O investimento da pasta nessas unidades foi de aproximadamente R$ 4 milhões para reforma e compra de equipamentos. Além disso, mais R$ 2 milhões foram disponibilizados para capacitação dos profissionais do serviço.

Até o segundo semestre de 2014 outras quatro unidades devem ser revitalizadas nas regiões de Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, totalizando 160 leitos. As Unidades de Cuidados Prolongados serão em hospitais de pequeno porte, com menos de 50 leitos, com investimentos de R$ 24,1 milhões para a revitalização das unidades e mais R$ 98,8 milhões de custeio anual.

O projeto das Unidades de Cuidados Prolongados é pioneiro no Brasil, oferecendo aos pacientes convalescentes até 90 dias de internação com reabilitação física, nos casos em que a recuperação é demorada e precisa de uma atenção especial antes do retorno do paciente ao seu município ou ao tratamento na rede básica.

A abordagem dessas unidades é multidisciplinar, realizada por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais, dentre outros. Durante este processo são realizadas avaliações por meio de escalas validadas a fim de realizar um plano terapêutico individualizado para cada paciente, bem como avaliar sua evolução.

A iniciativa integra o programa “São Paulo Amigo do Idoso”, do governo paulista, que visa incentivar os municípios a promoverem a melhoria da qualidade de vida das pessoas com 60 anos ou mais, adaptando seus serviços para que sejam acessíveis aos idosos com diferentes necessidades.

“Trata-se de uma iniciativa de extrema importância para oferecer cuidados especializados aos pacientes idosos que necessitam de um período maior de recuperação na internação”, afirma Cláudia Fló, coordenadora da área de Saúde do Idoso da Secretaria.

Da Secretaria da Saúde