SP amplia diagnóstico de sífilis em gestantes

Aumento no número de notificações entre mulheres grávidas permite realizar trabalho preventivo de combate à sífilis congênita

qua, 31/07/2013 - 17h14 | Do Portal do Governo

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de notificações de sífilis em mulheres grávidas aumentou mais de 1.000% em seis anos. Em 2005 foram notificados pelos municípios paulistas 189 casos de sífilis em gestantes, número que pulou para 3.260 notificações, em 2011.

O resultado é consequência do crescimento do número de municípios e serviços que passaram a notificar casos de sífilis, passando de 55 cidades, em 2005, para 230, em 2010. A quantidade de serviços notificadores passou de 117 para 1.046, respectivamente.

A ampliação do diagnóstico permite a realização de um trabalho preventivo pelos serviços públicos de saúde para evitar a sífilis congênita. A doença é transmitida para o bebê por meio da placenta, com risco de abortamento prematuro, abortamento espontâneo e prejuízos para a saúde da criança, como baixo peso, surdez, deformidades dentais e ósseas, inclusive retardo mental e óbito neonatal.

De acordo com o estudo, metade das gestantes notificadas tem idade entre 20 e 29 anos. Segundo a responsável pelo Plano de Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis e do HIV, Luiza Matida, além de mais cidades registrarem a doença, o aumento de casos entre gestantes também leva em consideração o fator informação.

“A incidência de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis caminha lado a lado com a gravidez indesejada e a dificuldade na adesão ao pré-natal. A não realização de exames durante a gestação dificulta o diagnóstico e o tratamento”, diz.

Sífilis congênita
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a sífilis congênita pode ser considerada uma doença eliminada quando os índices atingirem 0,5 caso para mil nascidos vivos.

A Coordenação Estadual DST/Aids da Secretaria tem por meta atingir este índice em 2015. “Esta doença é totalmente evitável, desde que a gestante com este diagnóstico tome as medidas recomendadas de tratamento e de acompanhamento o quanto antes”, finaliza Luiza.

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