São Paulo oficializa candidatura para sediar Expo 2020

Os secretários Sidney Beraldo (Casa Civil) e Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano) estão em Paris, onde vão representar o Governo paulista, nesta quinta-feira, dia 22, no lançamento oficial da candidatura da […]

ter, 20/11/2012 - 22h04 | Do Portal do Governo

Os secretários Sidney Beraldo (Casa Civil) e Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano) estão em Paris, onde vão representar o Governo paulista, nesta quinta-feira, dia 22, no lançamento oficial da candidatura da cidade de São Paulo como sede da Expo Universal 2020. Pela primeira vez uma cidade sul-americana está concorrendo para receber este evento, considerado o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.


O secretário Beraldo fará a apresentação da candidatura da cidade de São Paulo perante os membros do Bureau Internacional de Exposições (BIE), órgão composto por 161 países e responsável pela escolha da cidade vencedora, a ser anunciada em novembro de 2013. São Paulo concorre com outras quatro cidades: Izmir (Turquia), Ekaterinburgo (Rússia), Dubai (Emirados Árabes) e Ayutthaya (Tailândia). Nunca uma exposição mundial foi realizada na América Latina.

Em sua exposição, o chefe da Casa Civil irá apresentar os compromissos assumidos pelo Estado de São Paulo para conquistar a Expo 2020. Os investimentos paulista serão destinados à mobilidade urbana a fim de garantir o acesso dos visitantes ao local do evento, no bairro de Pirituba. “Vamos investir em transporte sobre trilhos e acessos rodoviários para beneficiar não apenas os frequentadores da Expo 2020, mas também deixar um legado permanente para a cidade de São Paulo”, explica Beraldo.

De acordo com o secretário Edson Aparecido, membro do comitê de candidatura da São Paulo Expo 2020, as propostas aprovadas pelo governador Geraldo Alckmin vão fortalecer a candidatura de São Paulo, que traz o vigor e a efervescência de uma cidade inserida na terceira maior região metropolitana do planeta, com 22 milhões de pessoas. “O dinamismo multicultural e a pujança econômica da capital nortearam a escolha do tema da exposição paulistana: Força na diversidade; harmonia de seu crescimento”.

A campanha pela defesa de São Paulo como sede do evento começou nesta terça-feira, 19, com uma audiência entre o secretário-geral do Bureau Internacional de Exposições (BIE), Vicente Loscertales, e os secretários Sidney Beraldo e Edson Aparecido. O encontro contou também com as presenças do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e do prefeito eleito Fernando Haddad. À noite, a comitiva brasileira participou do coquetel de boas vindas realizado na Embaixada do Brasil, na capital francesa.

O BIE é um órgão intergovernamental que coordena, define as regras e garante a qualidade das Expos além, principalmente, de organizar a escolha das cidades-sedes, através de votação direta dos 161 delegados dos países membros, nas assembleias semestrais da entidade. A última Expo foi realizada em 2010, em Xangai, e teve a participação de 190 países, 50 organizações internacionais e 73 milhões de visitantes.

Histórico

As Exposições Universais surgiram no século XIX, na Europa, para estimular a inovação, a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico. A 1ª aconteceu em Londres, em 1851, e reuniu novidades do mundo inteiro numa grande feira, que além de divulgar e promover ciência, técnica, arte e cultura, era um encontro de negócios que visava fomentar a indústria e promover apresentações públicas de novas invenções.

Durante o século XIX as Exposições Universais foram realizadas na Europa e nos Estados Unidos e, entre outras importantes invenções da vida moderna esses eventos apresentaram ao público, o telefone, de Graham Bell, o elevador de Otis e a máquina de escrever Remington. Além disso, deixaram um importante legado arquitetônico como o Palácio de Cristal, criado para a primeira Exposição, em 1851, e a Torre Eiffel construída para o evento de 1889, em Paris.

No século XX as Exposições Mundiais ocorreram em vários países do mundo, predominantemente na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Todas elas foram fundamentais para revitalização de áreas urbanas degradadas, projetos arquitetônicos e novas tecnologias.