Programa do HC reduz exposição de crianças à radiação

‘Diagnóstico Amigo da Criança’ também diminui volume de sangue coletado dos pacientes infantis visando reduzir riscos

qui, 23/05/2013 - 9h11 | Do Portal do Governo

Um projeto desenvolvido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina, reduz a exposição de crianças à radiação em exames de imagem. O objetivo do programa “Diagnóstico Amigo da Criança” é garantir o máximo de precisão diagnóstica com o mínimo de riscos, presentes ou futuros, para os pacientes infantis.

O projeto se apoia em duas linhas principais: a drástica redução do volume de sangue coletado dos pacientes e da exposição das crianças à radiação ionizante. Tudo isso em um ambiente de atendimento humanizado que preza o resgate da prática clínica tradicional.

O novo aparelho de tomografia do ICr, adquirido por R$ 1,2 milhão, realiza exames reduzindo em torno de 70% a exposição das crianças à radiação. O aparelho fica em uma sala humanizada, com as paredes pintadas com ilustrações de céu e nuvens, e com um monitor no teto e projeção de vídeo nas laterais com imagens para acalmar as crianças, como filmagens do fundo do mar.

Além disso, por meio da utilização de micrométodos, o Instituto da Criança reduz em até 75% o volume de sangue coletado das crianças para análises laboratoriais. Os pacientes do instituto são muitas vezes bebês prematuros, com pequeno volume de sangue, e crianças com doenças agudas e crônicas, nas quais a retirada de sangue frequentemente implica a necessidade de seguidas transfusões, entre outros problemas.

O Instituto da Criança do HC realiza, por mês, uma média de 550 internações de pacientes e aproximadamente 6.400 consultas ambulatoriais. Todas essas crianças devem ser beneficiadas pelo programa em seus atendimentos. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo repassa cerca de R$ 8,3 milhões por mês para o custeio da unidade.

“O programa ‘Diagnóstico Amigo da Criança’ defende um retorno à clínica médica, a um atendimento humanizado. Não é justo que crianças tão pequenas, enfrentando doenças graves, sejam submetidas a coletas excessivas de sangue e à exposição constante à radiação. O programa busca o máximo de precisão diagnóstica com o mínimo de exposição das nossas crianças a riscos e sofrimento, presentes e futuros”, afirma a professora-titular do Departamento de Pediatria do ICr, Magda Carneiro-Sampaio.

Da Secretaria da Saúde