Presidentes do Palmeiras e Santos discutem com Alckmin campanha contra o racismo na final do Paulista

Nos jogos da semifinal, aconteceram ações de divulgação da campanha SP Contra o Racismo na Vila Belmiro e na Arena Corinthians; encontro definiu ações para os jogos da final

sex, 24/04/2015 - 14h03 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin se reuniu nesta sexta-feira, 24, no Palácio dos Bandeirantes, com os presidentes dos clubes finalistas do Campeonato Paulista, Modesto Roma Jr., do Santos e Paulo Nobre, do Palmeiras. A pauta do encontro foi a última etapa da campanha #SPCONTRAORACISMO, lançada recentemente pelo Governo de São Paulo em parceria com a Federação Paulista de Futebol.

“Essa campanha não é somente contra o racismo no futebol. É através desse espaço pedagógico que esse esporte oferece, especialmente para as novas gerações, que queremos chamar a atenção para todo o tipo de racismo, ir contra a intolerância de forma geral”, disse o governador, que agradeceu em especial o apoio dos clubes finalistas, que liderarão a campanha na final. Quando perguntado sobre qual será o campeão, Alckmin respondeu que “o grande derrotado será o racismo”.

Nos dois confrontos da final, os jogadores do Palmeiras e do Santos entrarão em campo com a camiseta e a braçadeira da campanha. Os atletas também carregarão uma faixa com a divulgação da hashtag #SPCONTRAORACISMO. Além disso, quem for aos jogos receberá cartões. Os torcedores serão convidados pelo locutor do estádio a “dar um cartão vermelho para o racismo”. No intervalo dos dois jogos, o locutor convidará as duas torcidas a erguerem o cartão em sinal de apoio à campanha.

O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, falou sobre o empenho do time em fortalecer essa campanha. “O futebol, inegavelmente, é um canal que tem uma abrangência absurda na sociedade e o racismo é um câncer que existe e que precisa ser expurgado. O Palmeiras está de portas abertas para qualquer iniciativa que combata o racismo”, disse.

O presidente do Santos, Modesto Roma Jr., disse que o futebol precisa ser um ambiente respeitoso. “O futebol é algo que congrega, que congraça as pessoas, e temos que levar o futebol nesse ambiente de paz e de respeito, independente de suas questões únicas e pessoais”, destacou.

No domingo passado, nos jogos da semifinal que aconteceram na Vila Belmiro e na Arena Corinthians, foram exibidos vídeos com os depoimentos dos jogadores no telão. Os jogadores entraram em campo com a camiseta e com a braçadeira da campanha. Uma placa com mensagem da campanha estava na frente dos jogadores no momento da execução do hino nacional. A camisa do árbitro tinha o logo da campanha estampada nas mangas. A bola do jogo também teve o logo da campanha estampado.

“A campanha tem sido um sucesso e queremos, por meio do futebol, que São Paulo seja um exemplo para que o Brasil se livre do racismo”, observa o subsecretário de Comunicação do Governo do Estado, Márcio Aith.

A campanha conta com 17 comerciais, todos veiculados nas redes sociais. Os jogadores Bruno Henrique, Fabio Santos e Gil, do Corinthians; Arouca, Cristaldo e Vitor Hugo, do Palmeiras; Elano, Ricardo Oliveira e Gabriel, do Santos; Rogério Ceni, Ganso e Luis Fabiano, do São Paulo; e Marcelo Lomba, Ivan Quaresma e Biro Biro, da Ponte Preta, entre outros jogadores, convocam a todos nos vídeos a darem um cartão vermelho ao racismo. Os vídeos podem ser vistos no canal do Governo de São Paulo: www.youtube.com/governosp.

SP CONTRA O RACISMO

Considerada a maior paixão nacional, o futebol tem sido palco de inúmeras manifestações racistas. Para reforçar o combate à discriminação, o Governo do Estado de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol lançaram a campanha “São Paulo Contra o Racismo”, um projeto concebido pela Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

A campanha tem como objetivo conscientizar a população de que qualquer forma de discriminação é crime. O Estado de São Paulo é o primeiro a ter uma legislação (Lei 14.187/10) que pune administrativamente a discriminação por raça ou cor.

“Os dirigentes dos clubes foram muitos receptivos e abraçaram a iniciativa imediatamente”, disse a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, Elisa Lucas Rodrigues. A coordenadora da Secretaria da Justiça, que articulou a campanha desde o início, comemorou o engajamento dos times, sem distinção: “Assim que souberam da campanha os jogadores aceitaram gravar um vídeo com depoimentos para a campanha. Foram 78 depoimentos”.

Cinco clubes já estão participando da campanha: Sport Clube Corinthians Paulista, São Paulo Futebol Clube, Sociedade Esportiva Palmeiras, Santos Futebol Clube e Associação Atlética Ponte Preta. Outros times ainda podem aderir.

“Logo que fomos procurados pela Secretaria da Justiça, achamos a ideia excelente. O futebol paulista é um dos principais do país e uma campanha dessas irá colaborar muito para que o preconceito diminua nos estádios”, disse o novo presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.

Mais informações:
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
(11) 3291-2612