Noites e vias movimentadas concentram maior parte dos acidentes fatais com ciclistas

Dados do Infosiga-SP apontam que quase metade dos acidentes fatais acontecem em vias de grande circulação, como avenidas e rodovias

sex, 01/09/2017 - 19h23 | Do Portal do Governo

O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito alerta para os dados do Infosiga-SP, que mostram que sete em cada dez fatalidades com ciclistas no Estado de São Paulo são causados por colisão contra outros veículos e o período da noite concentra metade das ocorrências. Esse cenário reforça a necessidade de ciclistas tomarem cuidados redobrados com a segurança ao trafegar nas vias mais movimentadas, como avenidas e rodovias, que concentram 44% das ocorrências deste ano.

“Considerando os atores do trânsito, os ciclistas aparecem como um dos mais vulneráveis, ao lado dos pedestres”, explica a coordenadora do Movimento Paulista, Silvia Lisboa. Somente neste ano, 209 fatalidades com ciclistas foram registradas em todo o Estado, 4 casos a menos (-1,9%) na comparação com os sete primeiros meses de 2016.

Destas ocorrências, 56,5% aconteceram em vias municipais e 32,5% em rodovias. Cerca de 90% das vítimas são homens, e chama a atenção também o número de idosos: 27% das vítimas tinham mais de 60 anos de idade.

De olho na segurança

Andar de bicicleta requer alguns cuidados, como o uso de equipamentos de segurança e sinalizadores luminosos. Os dispositivos são úteis para evitar uma colisão, dando mais visibilidade e reduzindo a gravidade do impacto em caso de acidentes. Apesar de não ser obrigado por lei, o uso do capacete pelo ciclista aumenta a segurança ao diminuir a chance de uma lesão na cabeça, como um traumatismo.

Assim como acontece com os motociclistas, manter-se visível no trânsito também é uma forma de proteção, principalmente no período da noite. Segundo o Infosiga-SP, 50% dos acidentes fatais ocorrem após as 18h. Roupas claras ou coloridas, faixas refletivas na bicicleta e no capacete ajudam a destacar a presença do ciclista na via, reduzindo as chances de acidente. Importante atentar também para mochilas coloridas ou cuidar para que não acabem tampando uma sinalização útil.

Andar na contramão

Um comportamento que deve ser evitado pelo ciclistas é trafegar pela contramão. Por mais que se sintam mais seguros por conseguir ver o tráfego a sua frente, há riscos nessa prática. Por exemplo, pedestres tendem a olhar somente para o fluxo dos carros para atravessar uma rua. Se uma bicicleta estiver no sentido contrário, não terá a atenção necessária e pode ocorrer um atropelamento.

O mesmo raciocínio vale para os carros. Ao fazer uma curva ou abri a porta, o motorista estará atento somente aos veículos que seguem no mesmo sentido.  O tempo de reação para imprevistos também é menor, por conta da velocidade de veículos e bicicletas que seguem no sentido inverso.

Por falar em velocidade, esse é um fator importante quando se fala de bicicletas em rodovias. Apesar da necessidade de mobilidade de muitas pessoas, trafegar em acostamentos é sempre um risco. A prática de atividades esportivas também não é recomendada sem equipe de apoio e segregação adequada no percurso.

Opções

Mudar o comportamento de motoristas e pedestres, que ainda não assimilaram o aumento de bicicletas no trânsito, leva tempo. Sempre que possível, deve-se utilizar as ciclovias para trafegar nas cidades, principalmente em vias movimentadas. “É fundamental que motoristas respeitem o espaço das bicicletas e vice-versa. As cidades começam a se adaptar para abrigar melhor o ciclista, mas o melhor solução sempre é a cautela aliada à educação e o respeito às leis de trânsito”, conclui Silvia Lisboa. Lembrando que os pedestres e os ciclistas são os atores mais frágeis, assim, “motociclistas e motoristas precisam ter atenção e respeito ao ultrapassar, por exemplo”, alerta.

Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito

Programa do Governo do Estado de São Paulo, tem como principal objetivo reduzir pela metade os óbitos no trânsito no Estado até 2020.

Inspirado na “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2011 a 2020, o comitê gestor do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito é coordenado pela Secretaria de Governo e composto por mais nove secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.  As secretarias são responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no Estado.

O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito envolve também a sociedade civil com o apoio de empresas – Abraciclo, Ambev, Arteris, Banco Itaú, CNseg, Pro Simulador e Raízen – e do Centro de Liderança Pública (CLP).

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