Mais de 5 mil animais são resgatados nas obras da Linha 13-Jade

Dos animais registrados, 71% são aves, 24% mamíferos e 5% répteis e anfíbios

qui, 01/03/2018 - 16h21 | Do Portal do Governo

Encontrar animais feridos ou perdidos próximo de centros urbanos é uma realidade cada vez mais comum. O crescimento das cidades modifica o habitat natural da fauna silvestre, que se aproxima cada vez mais das áreas urbanas.

Com o objetivo de reduzir os impactos decorrentes da implantação da Linha 13-Jade sobre a fauna local e garantir o bem-estar dos bichinhos, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) criou o programa de “Resgate e Translocação de Fauna Silvestre”. O trabalho é desenvolvido por uma equipe de profissionais veterinários e biólogos autorizados pelo órgão ambiental DeFau.

Em quase quatro anos, mais de 5 mil animais foram resgatados ao longo dos trechos de obra da Linha 13, que ligará a capital paulista ao aeroporto Internacional de Guarulhos, e será inaugurada em breve. A iniciativa promove ações de afugentamento da fauna na região onde as obras estão sendo executadas, além de resgate dos animais que se escondem, tentando permanecer nas áreas em construção.

Pássaros, gambas e lagartos, entre outros animais, encontrados feridos são encaminhados ao CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres), localizado no Parque Ecológico do Tietê (PET). Já os animais saudáveis são transportados para o DeFau (Departamento de Fauna – Centro de Manejo de Fauna Silvestre), que mapeia os dados biométricos (espécie, sexo, peso, etc) e os levam para áreas seguras do PET.

Dentre os animais resgatados estão Capivara, Gambá-de-orelha-preta, Teiú-comum, Sábia-barranco, Bem-te-vi-do-gado, Coruja-buraqueira, Socó-dorminhoco, Rolinha-roxa e Cardeal-do-nordeste.

De abril de 2014 até janeiro de 2018, foram encontrados 5.571 bichos. Desse total, 3,2% foram levados para o CRAS e passaram por processo de triagem, cuidados médicos e alimentares, até serem reabilitados para a vida selvagem.

Após passarem pelo atendimento em campo feito pelas equipes veterinárias e terem seus dados biométricos coletados, cerca de 5,7% foram translocados para áreas de soltura do PET. Os demais animais que não necessitaram de resgate foram afugentados das áreas de risco.

Da CPTM