Instituto Emílio Ribas alerta sobre importância da prevenção e do diagnóstico precoce da leptospirose

Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria da Saúde, no ano passado foram confirmados 729 casos da doença no Estado, uma média de 14 por semana

qui, 19/02/2015 - 9h18 | Do Portal do Governo

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista e referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, faz um alerta sobre as medidas de proteção contra a leptospirose em dias de chuvas mais intensas, com risco de enchentes.

Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria, no ano passado foram confirmados 729 casos da doença no Estado, o que representa média de 14 por semana.

A leptospirose é causada por bactérias e transmitida pelo contato acidental de humanos com a urina de roedores urbanos infectados, como ratos de telhado e ratazanas. Normalmente, o contágio acontece por meio da água e da lama das enchentes ou, ainda, de córregos, esgotos, fossas e até mesmo de lagos e represas. Após o contato, a doença pode demorar até 30 dias para se manifestar.

Na fase inicial da doença, o paciente apresenta febre aguda, dores de cabeça e no corpo, especialmente nas panturrilhas (batata da perna), além de olhos amarelados e urina escura. Porém, quando o diagnóstico e o início do tratamento não são feitos rapidamente, a doença traz outras complicações como icterícia (pele amarelada) e hemorragias no intestino, nos pulmões, no estômago e nas mucosas.

“A maioria dos casos de leptospirose é branda, mas entre 8% e 10% dos casos acabam evoluindo para um quadro grave, que exige internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com alto risco de mortalidade, caso não se estabeleça um diagnóstico rápido”, diz o médico infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas.

De acordo com Jean Gorinchteyn, apesar de não existir vacina contra a leptospirose, existem cuidados básicos importantes aos quais todos devem se atentar, especialmente no período de chuvas:

1) Evite as poças d’água e enxurradas nas calçadas e nas ruas.

2) Se a chuva “apertar”, não se arrisque. Procure um local alto e seguro e tente esperar o nível da água abaixar.

3) Não atravesse enxurradas e não se exponha à água suja caso comece uma inundação.

4) Jamais permita que as crianças brinquem com as poças e canaletas de escoamento da água, muito menos com água de enchente.

5) Se for nadar em córregos, lagos ou represas, fique sempre atento à higiene do ambiente e evite os mergulhos caso haja lixo nas proximidades.

6) Se tiver contato com água de inundação, o ideal é procurar por atendimento em unidades de saúde.

7) Se não for possível ir ao médico, fique atento em relação aos possíveis sintomas e caso tenha algum deles, procure imediatamente um serviço de saúde e relate o que aconteceu.

8) Se sua casa ou seu carro forem inundados, o ideal é deixá-los para trás até que a água saia por completo.

9) É fundamental utilizar luvas e botas de borracha para realizar uma higienização detalhada e completa, com água sanitária, de tudo o que teve contato com a água suja.

10) Alimentos e medicações que estão em ambientes de inundação devem ser descartados, mesmo que a embalagem não tenha sido violada.

Da Secretaria da Saúde