IEA divulga preços de produtos de origem vegetal em São Paulo

Pesquisa concluída pelo grupo de políticas públicas do Instituto teve como foco acompanhar o preço de alimentos como trigo, batata, arroz e feijão

ter, 07/06/2016 - 20h09 | Do Portal do Governo

A elevação da taxa de câmbio constatada a partir de novembro de 2014 ampliou a demanda pelo trigo nacional pela indústria moageira e foi o principal motivo da elevação de 43,3% nos preços recebidos pelos produtores de trigo, nos últimos 12 meses, e de seus derivados, nos outros níveis de comercialização, conforme indicou o estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A pesquisa concluída pelo grupo de políticas públicas do Instituto teve como foco acompanhar o preço dos alimentos de origem vegetal como trigo, batata, arroz e feijão recebidos pelo produtor, no atacado e no varejo, no mês de março, no acumulado dos meses de 2016 e nos últimos 12 meses, período entre os meses de março de 2015 a março de 2016.

O estudo constatou que, em todos os períodos analisados, houve uma variação dos preços do derivado no atacado de trigo bem menores do que aqueles recebidos pelos produtores. Enquanto o preço do trigo aumentou 8,4% em março, houve uma redução de 2,4% no valor da farinha de trigo especial. Se considerado os três primeiros meses do ano, a elevação no preço do trigo foi de 9,2%, com uma redução de 3,2% na farinha. Contudo, a maior variação ocorreu no comparativo dos últimos 12 meses, na qual a diferença foi de 43,3% para 3,9%, revelando a dificuldade da indústria moageira de repassar o aumento aos outros segmentos industriais, como o de panificação e o de massas, e ao mercado atacadista, apontam os pesquisadores.

A variação de 8,2% no preço do feijão para o varejo, em relação ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,57% demonstrou um agravo nas pressões sobre os preços deste alimento. No caso do arroz, tanto no atacado quanto no varejo, para todos os períodos, com exceção da variedade agulhinha tipo 1, o preço manteve-se acima do IPCA, com maiores variações no varejo.

Com expressivo aumento no mercado atacadista de São Paulo, a batata registrou variação positiva no preço na ordem de 27,3% no mês, de 22,5% no acumulado do ano e de mais de 50,0% nos últimos 12 meses. Já no mercado varejista, houve um aumento de 6,2% no mês e de 28% no acumulado dos 12 meses, sinalizando o aumento dos preços de batata neste mercado.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, ressaltou a importância do acompanhamento periódico realizado pelo IEA nos preços destes alimentos, que permite ao mercado estabelecer políticas públicas adequadas. “É determinação do governador Geraldo Alckmin para a Pasta que a pesquisa esteja cada vez mais próxima do produtor, incentivando o desenvolvimento da agricultura paulista”, disse.

Veja aqui o estudo completo do IEA

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento