Iamspe faz alerta para doenças de pele típicas do verão

Lesões mais comuns são micoses, bicho geográfico, alergias e queimaduras por sol, alerta especialista

qua, 07/01/2015 - 17h22 | Do Portal do Governo

O Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) faz um alerta sobre as doenças de pele típicas do verão.

A micose é provocada por fungos que se desenvolvem principalmente em ambiente quente e úmido. Algumas vezes a pessoa possui o fungo na pele, que não se manifesta em clima seco, mas ao ter contato com a umidade volta a reagir.

“Recomenda-se enxugar bem a pele após sair da água e usar roupas que evitem ou absorvam a transpiração”, explica o médico do Serviço de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Mário Cezar Pires.

Outras dermatoses são mais comuns no verão, como a larva migrans (bicho geográfico) e o herpes simples. O bicho geográfico está presente em quintal ou areia, onde possa haver fezes de animal, como cachorro ou gato. A contaminação se dá ao andar descalço nesses locais. Na praia, a indicação é, quando possível, usar chinelo.

Já o herpes simples se caracteriza por pequenas bolhas nos lábios ou na região genital, que aparecem com frequência no verão devido à queda da imunidade motivada pela exposição solar e bebidas muito geladas.

O especialista lembra que um problema recorrente em consultório são as queimaduras provocadas pelo uso de frutas cítricas, como limão e figo.

“Estas frutas contêm substâncias que aumentam a ação solar na pele, em alguns casos graves e que deixam manchas residuais. Mesmo lavando a pele após o contato com o suco destas frutas, a reação pode ocorrer. O mais indicado é usar luvas ao lidar com elas antes de sair ao sol.”

O médico ainda cita as dermatites de pele: a atópica, caracterizada por coceira intensa e descamações, que piora com a transpiração; e a de contato, que costuma aparecer quando a pele reage com alguns tipos de cosméticos, como protetor solar, tatuagens temporárias de Henna e até bijuterias. Outra dica é tomar ducha ao sair da piscina para eliminar o cloro residual da pele. Pode, ainda, ocorrer a urticária solar, quando partes do corpo ficam “empipocadas”.

Quanto à fotoproteção, o médico observa que usar pouco não é eficiente e muito pode causar alergia. Além disso, para evitar o câncer de pele, o ideal é a reaplicação na medida certa e não simplesmente passar o protetor solar.

“O protetor deve ser aplicado 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicados a cada duas horas, se entrar na água ou transpirar em excesso. Contudo, prevalece o conselho de respeitar o horário de menor risco, ou seja, antes das 10h e após as 16h.”

A escolha do fator de proteção depende da cor da pele e não do tempo de exposição solar. A preferência deve ser por produtos com proteção UVA e UVB.

“Deve-se usar fotoprotetores a partir dos 6 meses de idade. Antes disto, o melhor é evitar a exposição excessiva ao sol. Outra dica é evitar os protetores que ficam esbranquiçados ao se espalhar na pele e que contenham ácido para-aminobenzóico ou perfumes, em especial à base de cítricos”, conclui o especialista.

Do Iamspe