Governo de SP lança oficialmente a Câmara Setorial de Fungicultura

O objetivo é discutir políticas públicas voltadas ao setor, demanda apresentada pelos próprios fungicultores à Secretaria de Agricultura e Abastecimento

qua, 01/06/2016 - 20h05 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lançou oficialmente, nesta terça-feira, 31 de maio, a Câmara Setorial de Fungicultura, no evento de formalização de convênios com associações e cooperativas pela 6ª chamada pública do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, no Palácio dos Bandeirantes. O objetivo é discutir políticas públicas voltadas ao setor, demanda apresentada pelos próprios fungicultores à Pasta.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, comentou sobre a instalação. “Essa importante iniciativa reflete a preocupação do governador em olhar para essa cadeia de forma especial. A Câmara será um espaço onde a Secretaria poderá ouvir a demanda dos produtores e, por meio disso, propor ações que alavanquem o setor”, ressaltou.

De acordo com Alberto Amorim, secretário-executivo das Câmaras Setoriais, a ideia de criar o espaço surgiu em visitas técnicas do secretário às regiões produtoras. “Foi apresentado a nós um relatório detalhado que continha, por exemplo, a quantidade de produtores e famílias envolvidas neste setor”, comentou. Atualmente, são gerados mais de quatro mil empregos diretos na produção de fungos comestíveis, concentradas nas regiões de Mogi das Cruzes e Sorocaba.

Foram nomeados 12 membros efetivos da Câmara. Para o cargo de presidente com mandato de um ano, foi indicado Edison Souza, diretor técnico da Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos, para quem, a instalação é um desejo muito antigo da cadeia. “A implantação veio em boa hora. No mundo, a atividade de fungicultura é forte, entretanto, aqui no Brasil, ainda está em processo de desenvolvimento, e o produtor ainda não tem os meios regularizados para uma produtividade correta, diferente de outros países”, falou.

Para ele, a produção de cogumelo é o cultivo mais sustentável que existe, por se tratar de um decompositor. Isso porque este fungo utiliza resíduos de lavoura como adubo e o resíduo do cogumelo é um fertilizante orgânico que pode ser reaproveitado.

Carlos Alberto, revendedor de cogumelos, comemorou a criação da Câmara. “É uma iniciativa muito importante para nós. A partir disso, buscaremos discutir ações que valorizem nosso setor, que gera muitos empregos. O apoio do Governo do Estado é essencial”, ressaltou.

Produtor de embalagens plásticas para sementes de cogumelos, Luiz Arima enalteceu a aproximação do Governo e da Secretaria do setor de fungos. “Com certeza, é um grande passo que é dado para impulsionar essa cadeia, tão importante e tão pouco evidente”, disse.

A primeira reunião de implantação da Câmara de Fungicultura foi realizada no dia 25 de maio, na sede da Secretaria, com a presença de representantes de associações, sindicatos rurais, universidades, produtores e técnicos. O novo grupo se junta às outras 24 câmaras ativas mantidas pela Pasta.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento