Governo de SP atua para mitigar efeitos de enchentes

Em alguns locais, o nível acumulado de chuva em três horas atingiu a média esperada para todo o mês de fevereiro

seg, 10/02/2020 - 11h29 | Do Portal do Governo

Equipes do Governo do Estado trabalham desde a madrugada desta segunda-feira (10) para atender ocorrências provocadas pelas fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana de São Paulo e provocam o transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros. O volume de chuvas em alguns pontos da capital atingiu 100 mm em três horas – praticamente a metade da média prevista para todo o mês. A Defesa Civil recomenda que as pessoas fiquem em casa.

“Desde cedo tenho acompanhado as chuvas na capital, Região Metropolitana de São Paulo e cidades do interior. A Defesa Civil do Estado está mobilizada junto com a Defesa Civil dos municípios, especialmente São Bernardo, São Caetano e Santo André. Igualmente o setor de transportes, por meio do DER [Departamento de Estradas de Rodagem] e das concessionárias, com atenção redobrada nas rodovias para evitar o trânsito onde há perigo de desmoronamento. Atenção máxima em todo o estado de São Paulo”, disse o Governador João Doria.

O Governador em exercício Rodrigo Garcia esteve nesta segunda no Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado para acompanhar o monitoramento que o órgão faz de todas as regiões do estado, com alerta à população para áreas de risco. O Núcleo funciona no Palácio dos Bandeirantes e é integrado às defesas municipais. “Estamos atentos desde as chuvas de sábado, que atingem a Grande São Paulo, e apoiando as famílias vítimas das enchentes. Hoje, nas primeiras horas, tomamos as medidas em conjunto com a prefeitura para tirar as pessoas das áreas de alagamentos na capital”, disse Garcia.

Na capital, o rio Tietê possui 53 bombas sob responsabilidade do Daae (Departamento de Águas e Energia Elétrica) que passam por manutenção semanal. Em 2019, o desassoreamento foi feito ao longo de 44 quilômetros do rio e retirou mais de 400 mil toneladas de sedimentos como areia e argila em 2019, com investimento de R$ 49 milhões. Em 2020, está previsto investimento de mais R$ 20 milhões para ações, especialmente no Alto Tietê.

O nível do rio Pinheiros é o maior nos últimos 15 anos, de acordo com a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). Em 2019, as equipes da Emae registraram recorde de retirada de sedimentos do leito do Pinheiros, com carga equivalente à de 28 mil caminhões basculantes. Também houve a retirada de 9 mil toneladas de lixo das águas.

Os alagamentos afetaram a linha 9-Esmeralda, impossibilitando a circulação dos trens entre as estações Osasco e Santo Amaro. A empresa acionou o Paese (ônibus gratuito) para atender os trechos citados, mas com os alagamentos os veículos circulam parcialmente. A linha 8-Diamante retomou a operação em todo o trecho, após ter circulação parcial mais cedo.

Há interrupção total ou parcial na circulação dos ônibus da EMTU nas marginais Pinheiros e Tietê e nos municípios de Guarulhos, Taboão da Serra, Osasco, Itapevi, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Cajamar e São Vicente. O Metrô e o VLT da Baixada Santista operam normalmente, sem restrições.

O Corpo de Bombeiros atendeu mais de 4 mil chamados desde a noite de domingo (9), entre eles sete desabamentos, 132 pontos de inundação, 25 árvores caídas e 17 vistorias de árvores na Grande São Paulo. O policiamento foi reforçado nos principais terminais de transporte público e em pontos de alagamento – o helicóptero Águia 6 resgatou uma pessoa na Marginal Tietê e também atende chamados em Barueri e Carapicuíba. A Polícia Militar Rodoviária também atua em pontos de interdição nas rodovias paulistas.