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O governador Geraldo Alckmin lançou na manhã desta sexta-feira, 13 de novembro, a quarta etapa do Programa Nascentes, em Salesópolis. A iniciativa visa a recuperação ecológica de 66 hectares de matas ciliares ao longo do reservatório de Paraitinga, integrante do Sistema Produtor do Alto Tietê.
“Estamos dando mais um passo importante no Programa Nascentes, na recomposição das margens das represas do Sistema Alto Tietê. Estamos aqui no Rio Paraitinga, mas todas as outras represas do sistema terão a recomposição das matas ciliares com mudas nativas da região”, disse o governador Alckmin, referindo-se às represas Ponte Nova, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba. “Isso vai evitar o assoreamento das represas, melhorar o clico das chuvas e também beneficiar a fauna e a flora”, completou.
O trabalho será realizado pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e pela Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo). No total, serão utilizadas 110 mil mudas de 80 espécies nativas da Mata Atlântica. Esta etapa representa um investimento de R$ 3,1 milhões.
Parte das mudas é produzida no Parque Ecológico do Tietê e por reeducandos do Programa Regional de Plantio de Mudas Nativas e Recuperação de Mananciais, da Secretaria de Administração Penitenciária. Este programa tem como objetivo promover a ressocialização de sentenciados por meio da produção de mudas, do plantio e da restauração de áreas degradadas, principalmente nas regiões dos presídios.
Programa Nascentes
O Programa Nascentes tem a meta de restaurar cerca de 20 mil hectares de matas ciliares e proteger seis mil quilômetros de cursos d’água com investimentos públicos e privados. A iniciativa envolve proprietários locais, prefeitura, sindicato, ONGs, secretarias de Estado, associações e cooperativas, com o intuito de aliar conservação da biodiversidade à qualidade da água.
Inicialmente, as ações abrangem as bacias hidrográficas do Alto Tietê, Paraíba do Sul e Piracicaba/Capivari/Jundiaí, regiões que concentram mais de 30 milhões de habitantes. Nesta etapa, o objetivo é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, uma área equivalente a 5.400 campos de futebol, utilizando 6,3 milhões de mudas de espécies nativas.
As matas ciliares, dispostas ao longo das margens dos cursos d’água, são importantes porque formam uma interface dinâmica entre os sistemas aquáticos e terrestres, trazendo vários benefícios. Entre eles, a diminuição do escoamento superficial das águas das chuvas, o que acaba minimizando os processos erosivos e favorecendo a conservação dos recursos hídricos.
Etapas anteriores
O primeiro plantio de mudas aconteceu no dia 20 de março no município de Piracaia, na Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí (Bacia PCJ). A previsão é que sejam plantadas mudas em 10,22 hectares de áreas ciliares em seis propriedades rurais, próximas da Represa da Cachoeira. A segunda frente foi lançada no dia 30 de abril, em 10 áreas localizadas no reservatório da Usina Hidrelétrica Jaguari, pertencente à CESP (Companhia Energética de São Paulo).
A terceira etapa teve início no dia 3 de junho, com a restauração ecológica de 10 hectares de matas ciliares em três propriedades rurais próximas ao reservatório de Joanópolis, também na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Holambra
Na última quarta-feira, 11, o governador Geraldo Alckmin autorizou os convênios para recuperação de 16 hectares de vegetação nativa no entorno das 170 nascentes e matas ciliares no município de Holambra.
Mais informações:
DAEE
(11) 3293-8261 / 8262 / 8385
imprensadaee@sp.gov.br
