Leonardo Selvenca, Pâmela Vitorino e Vanessa Kaneko, alunos do segundo módulo do curso técnico de Açúcar e Álcool da Escola Técnica Estadual (Etec) Amin Jundi, de Osvaldo Cruz, criaram um papel a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, provenientes do processo de colheita industrial das usinas sucroalcooleiras.
O objetivo do estudo é demonstrar a viabilidade de obter um produto biodegradável com a palha, assim como já acontece com o bagaço da cana-de-açúcar. “A palha também é rica em celulose e sua transformação em papel utiliza menos produtos químicos se comparada aos eucaliptos”, explica Leonardo.
A alternativa também contribui para a redução de impactos ambientais. “Sobra muita palha após a colheita mecanizada da safra”, ressalta a orientadora do projeto, Edelma Alencar. De acordo com a professora, o excesso do resíduo no solo pode provocar a diminuição da umidade e, com isso, facilitar a proliferação de pragas na plantação.
Reciclagem
Outra vantagem do projeto é que as usinas podem reverter tanto o bagaço quanto a palha em um subproduto lucrativo, lembra Leonardo. Algumas empresas já utilizam os resíduos para produzir energia elétrica, por exemplo. No entanto, como as leis ambientais proíbem a queima da palha por causa da emissão de poluentes na atmosfera, grandes quantidades de resíduos acabam entulhando pátios das usinas e lavouras. “A produção do papel seria a solução ideal para ajudar a solucionar essa situação”, explica o estudante.
O trabalho do papel ecológico ficou entre os melhores projetos apresentados no Congresso de Iniciação Científica (CICFAI) Júnior, evento acadêmico organizado pelas Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), realizado em outubro. A iniciativa é voltada a estudantes dos Ensinos Fundamental, Médio e Técnico do Brasil e exterior.
Do Centro Paula Souza
