Especialista do HSPE explica as causas da infecção urinária e como evitá-la

Causada por bactérias presentes no trato urinário, a doença é mais comum em mulheres jovens e sexualmente ativas

qui, 24/01/2013 - 9h15 | Do Portal do Governo

Causada por bactérias presentes no trato urinário, a infecção urinária pode se restringir à região da bexiga (infecção urinária baixa) ou à região do rim (infecção urinária alta ou pielonefrite). A contaminação se dá por germes que migram do intestino para as vias urinárias, sendo o agente etiológico mais comum a Escherichia coli.

Segundo o nefrologista Daniel Rinaldi, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), as mulheres são as mais atingidas pela doença devido às características anatômicas (uretra mais curta e próxima da região anal).

“As meninas podem contrair infecção por não saber fazer a higiene correta. A partir da atividade sexual, durante a gestação e na menopausa, a infecção urinária é causada por alterações da acidez (pH) vaginal. Os homens só terão infecção urinária na idade avançada por apresentarem alterações prostáticas”, explica.

Os sintomas variam de acordo com a localização da infecção. No trato urinário inferior causa desconforto, ardor e dor ao urinar. Pode haver a presença de sangue na urina, com odor forte, mas em geral não ocorre febre.

Quando a infecção urinária é alta (pielonefrite), o quadro se caracteriza por dor em flanco (quadril), febre alta, mal estar geral, habitualmente com náusea e vômitos, além dos demais sintomas citados. Em crianças, o sintoma pode ser somente febre alta. Nos idosos, a doença se manifesta por meio de distúrbios do comportamento.

Segundo o dr. Rinaldi, a doença em mulheres jovens, saudáveis, com vida sexual ativa e não grávidas é de menor gravidade, sendo de fácil diagnóstico e tratamento. As infecções são consideradas complicadas quando, por exemplo, acometem crianças, idosos, homens, portadores de doenças do sistema nervoso e transplantados.

“Por ser mais comum em mulheres jovens com vida sexual ativa, aconselha-se evitar o uso de diafragmas e de espermicidas como método contraceptivo, que alteram o ph vaginal. Recomenda-se também estimular a urina após a relação sexual. Também deve ser evitada a constipação intestinal e adotar uma hidratação adequada para limpeza dos rins”, adverte o especialista.

Do Iamspe