Escavadeira hidrofresa é utilizada pela primeira vez em obra metroviária no Brasil

Equipamento prepara a infraestrutura dos cinco poços que serão escavados na construção da futura Estação Brooklin, no prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô

dom, 04/11/2012 - 12h08 | Do Portal do Governo

Pioneiro na engenharia metroviária brasileira, o Metrô traz mais uma novidade em seus métodos construtivos. Pela primeira vez, a Companhia está utilizando uma hidrofresa hidráulica, equipamento que prepara a infraestrutura dos cinco poços que serão escavados a céu aberto na construção da futura Estação Brooklin, no prolongamento da Linha 5-Lilás (Largo Treze – Chácara Klabin).

Entre suas principais vantagens, o novo equipamento garante uma excelente condição de impermeabilidade dos poços, eliminando a necessidade de rebaixamento do lençol freático nas áreas externas, evitando possíveis recalques no maciço que causem transtornos para as edificações próximas. Para se ter uma ideia, essa solução dará condições para que o Metrô execute a escavação dos cinco poços ao mesmo tempo, algo também inédito na engenharia metroviária brasileira, proporcionando ganho de tempo à obra como um todo.

Com a utilização da hidrofresa, não será necessária a construção de uma parede de contenção de 240 metros no lado oposto da Av. Santo Amaro, que teria de ser feita devido à presença de solo contaminado. Por sua complexidade, essa construção demandaria interdições viárias e traria transtornos ao entorno. Como a condição de estanqueidade da parede de diafragma executada pela hidrofresa é muito boa, não há movimentação do lençol freático e, por consequência, migração da água e gases tóxicos. O equipamento também é extremamente silencioso, só se ouve o barulho do motor.

A “diafragmentadora com hidrofresa” pesa aproximadamente 140 toneladas, a lança do guindaste tem 36 metros de altura e sua potente cabeça de corte tem dois discos giratórios, com 1,40m de diâmetro. O equipamento possibilita a execução das chamadas “lamelas secundárias” (espécie de painéis de concreto) da parede-diafragma (muros de contenção de solo) dos poços da estação, com 33 metros de profundidade.

O equipamento corta as extremidades do concreto das lamelas primárias, feitas anteriormente com uma diafragmadora hidráulica, deixando a junta de concretagem entre as lamelas em perfeitas condições, tornando uma peça maciça, o que garante sua ótima condição de impermeabilidade.

O equipamento, de fabricação alemã, fornecido pela empresa Brasfond, foi contratado pelo Consórcio Andrade Gutierrez – Camargo Corrêa, responsável pelas obras do lote 3 (Estação Brooklin, execução de 5,1 km de túnel, três saídas de ventilação e emergência e um poço de serviço do prolongamento da Linha 5).

Do Metrô