Educação amplia novo modelo de tempo integral

A partir de 2014, mais 101 escolas da rede estadual localizadas em 56 municípios passarão a integrar o programa

seg, 27/05/2013 - 12h16 | Do Portal do Governo

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ampliará o novo modelo de escola de tempo integral, que a partir de 2014 será implantado em mais 101 escolas estaduais. Localizadas em 56 municípios paulistas, de 46 diretorias regionais de ensino, essas unidades devem atender cerca de 30 mil alunos de Ensino Fundamental e Médio. Com a expansão, o programa chegará a 170 unidades e atenderá a 50 mil alunos.

A implantação do programa se dá mediante adesão, após consulta à comunidade escolar. Os estudantes que já frequentam uma das instituições têm matrícula renovada automaticamente, uma vez confirmado o interesse em continuar na escola. Nos casos pontuais de alunos que não podem permanecer em tempo integral na escola, será feito o deslocamento de matrícula para uma unidade próxima.

“O novo modelo de escola de tempo integral foi concebido a partir dos resultados de pesquisas, avaliações e experiências educacionais realizadas no Brasil e em outros países. A ampliação da jornada escolar é uma estratégia fundamental para garantir um salto de qualidade da educação de nossos alunos, de modo a cumprir com um dos principais objetivos estabelecidos pelo governador Geraldo Alckmin, ao criar o programa Educação – Compromisso de São Paulo, que é fazer de nossa rede estadual de ensino um dos melhores sistemas educacionais do mundo”, afirma o secretário da Educação do Estado de São Paulo, professor Herman Voorwald.

Iniciado em 2012 em 16 escolas de Ensino Médio, o programa foi ampliado neste ano para outras 53 unidades, inclusive nos anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental.

Diferenciais do novo modelo

No novo modelo de escola de tempo integral, a jornada é de oito horas e meia no Ensino Fundamental e de nove horas e meia no Ensino Médio, incluindo três refeições diárias. A estrutura conta com salas temáticas de português, história, arte e geografia e salas de leitura e informática.

Na matriz curricular, os alunos têm orientação de estudos, prática de ciências, preparação acadêmica e para o mundo do trabalho e auxílio na elaboração de um projeto de vida, que consiste em um plano para o seu futuro.

Além das disciplinas obrigatórias, os estudantes contam também com disciplinas eletivas, que são escolhidas de acordo com seu objetivo. Cada escola define quais serão elas, conforme o interesse dos alunos. Podem ser aulas relacionadas a línguas, tecnologia, artes, entre outros temas. O intuito é contribuir para que o jovem esteja apto para a realização do seu projeto.

Outro ponto forte do novo modelo está no sistema de trabalho oferecido para os docentes que atuarem exclusivamente nas escolas de tempo integral. É um regime de dedicação plena e integral de 40 horas semanais com carga horária multidisciplinar, que promove uma maior aproximação entre professor e aluno.

Para isso o docente recebe uma gratificação, que, por meio de lei sancionada em dezembro do ano passado, foi ampliada de 50% para 75% sobre o salário do professor, inclusive sobre o que foi incorporado durante sua carreira. Por exemplo, para um professor que acabou de entrar na rede ou que ainda esteja na faixa 1/nível 1 a remuneração passará de R$ 2.088 para R$ 3.654. A gratificação é computada nos cálculos do 13º salário, do acréscimo de um terço de férias e dos proventos da aposentadoria.

Para estarem aptos para desenvolver as atividades previstas na matriz curricular diferenciada, os professores atuantes no novo modelo de escolas de tempo integral passam por uma formação específica.

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no Portal da Secretaria da Educação.

Da Secretaria da Educação