Alunos da Etec de Franca desenvolvem óculos adaptados para deficientes visuais

Equipamento emite sinal sonoro quando existe um obstáculo à frente; o objetivo é facilitar a locomoção e evitar acidentes

qui, 29/12/2016 - 10h09 | Do Portal do Governo

Estudantes do terceiro ano do Ensino Técnico Integrado ao Médio (Etim) de Informática da Escola Técnica Estadual (Etec) Dr. Júlio Cardoso, de Franca, criaram um equipamento que pode melhorar a vida de deficientes visuais. São óculos adaptados que emitem um sinal sonoro quando existe um obstáculo à frente. A proposta é facilitar a locomoção e evitar acidentes das pessoas com deficiência. Para chegar ao produto final, os alunos utilizaram uma programação específica com mecanismos de brinquedos eletrônicos.

Como um estímulo para o trabalho de conclusão de curso, o professor Gustavo Miranda criou uma competição. Os grupos foram chamados de times e o empreendedorismo social foi o tema escolhido para todos os projetos. Após a definição, foram cinco meses de pesquisa de campo e mais quatro de testes com os protótipos. “A ideia surgiu das dificuldades enfrentadas por uma ex-aluna da escola que é deficiente visual, além do que observamos nas ruas”, conta o estudante Renzo Franco. “Outro ponto que notamos foi a falta de acessibilidade na cidade de Franca.”

Os óculos possuem uma placa que emite sinais ultrassônicos, como se fosse o sensor de um morcego. Um som é disparado para alertar para o perigo de um obstáculo à frente, a um metro de distância. A bateria tem duração de uma semana.

Proteção

“Na pesquisa, a maior reclamação que tivemos foi o fato de que a bengala só protege o corpo da cintura para baixo. A cabeça fica exposta, o que pode causar muitos acidentes. Assim, nasceu a ideia dos óculos com o sensor que registrasse e alertasse para um obstáculo na altura da cabeça”, afirma Miranda.

A equipe já pesquisa soluções para patentear a criação. Algumas óticas procuraram o grupo para fazer uma parceria para facilitar o andamento do projeto. A intenção é criar um manual para produzir mais óculos a custos menores e atingir o maior número possível de pessoas.

Do Centro Paula Souza