Alckmin obtém R$ 156 milhões para obras de saneamento e produção de água

Em Washington, o governador se reuniu com os presidentes do BIRD e do BID, bancos parceiros do Governo do Estado de São Paulo

seg, 11/05/2015 - 17h43 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin se reuniu nesta segunda-feira, 11, em Washington, com representantes do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Durante os encontros, Alckmin obteve financiamento de R$ 156 milhões para obras que aumentam a produção de água e o saneamento básico.

A primeira reunião de trabalho, às 11h, foi com Boris Utria, representante adjunto do BIRD (Banco Mundial para a América Latina) no Brasil. Na sequência, às 12h, a reunião ocorreu com o presidente do BIRD, Jorge Familiar. Já às 14h30, Alckmin se encontrou com o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno.

“Tivemos, hoje, dois encontros muito produtivos para a população de São Paulo. Nas duas reuniões, asseguramos financiamentos e avançamos na obtenção de garantias inovadoras para alavancar novos investimentos para o Estado de São Paulo”, ressaltou Alckmin.

Banco Mundial

Ao BIRD, o governador apresentou projetos e obteve o compromisso de R$ 156 milhões para o financiamento de medidas de combate à crise hídrica. O banco já deu parecer favorável para quatro projetos em andamento.

O primeiro prevê o financiamento da instalação da segunda fase de membranas ultrafiltrantes para ampliação da capacidade de tratamento de água da Estação de Tratamento do Alto da Boa Vista. A implantação da membrana está prevista para junho. O valor do financiamento será de R$ 42 milhões.

Alckmin também conseguiu recursos para a obra civil de interligação das represas Rio Grande e Taiaçupeba. A obra, iniciada há uma semana, tem previsão de conclusão em setembro próximo. O financiamento do Banco Mundial é de R$ 49 milhões.

O Programa de Gestão da Demanda também será patrocinado com recursos do BIRD. A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) prevê trocar louças sanitárias e ajustar instalações hidráulicas em conjuntos habitacionais antigos, especialmente na área de abastecimento do Sistema Cantareira. Neste caso, o BIRD financiará R$ 20 milhões.

Por fim, o banco vai repassar recursos para a obra de dois coletores tronco (Chrysler e Jussara-Areião, em São Bernardo do Campo), que visa a retirada de esgotos de cerca de 4,3 mil ligações existentes. Hoje, esses dejetos são despejados no corpo central da represa Billings. O financiamento para essa obra é de R$ 45 milhões.

BID

Já o BID comprometeu-se a financiar, com R$ 10 milhões, a seleção e a modelagem de novas parcerias do setor privado para investimentos vitais nas mais diversas áreas, seja por meio de concessões ou PPPs. Por essa fórmula, o banco auxiliará o Governo na seleção de projetos, na busca de melhores práticas e nas melhores linhas de financiamento para desonerar ao máximo os consumidores.

Pela proposta, o BID atuará como agente garantidor de crédito à Companhia Paulista de Parcerias (CPP). Como o banco possui o mais elevado rating (AAA) das agências de classificação de risco, a CPP poderá atrair, para o conjunto de projetos selecionados, um volume maior de investimentos.

O BID atuará também como agente garantidor de crédito ao setor privado nas PPPs. Dessa forma, o consórcio pode buscar financiamento bancário ou com debêntures. Ter uma garantia do BID pode fazer a diferença entre viabilizar ou não uma parceria.

São Paulo também deverá ser o Estado pioneiro na utilização de outra garantia inovadora do BID, destinada a reduzir o risco de parceiros privados em PPPs. Isso será possível devido à solidez fiscal de São Paulo e à densidade e relevância da carteira de projetos apresentados pelo Governo.

Esses instrumentos permitirão a entrada de participantes médios no mercado de infraestrutura, aumentando a competição. Numa analogia, a garantia do BID ao financiador numa PPP tem efeito semelhante, num contrato de locação imobiliária, ao de um locatário ter um fiador de boa qualidade para apresentar, viabilizando o contrato de aluguel. O uso dessas garantias é essencial, dadas as restrições de financiamento local na atual conjuntura e o risco de desvalorizações cambiais.

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