Alckmin faz balanço do programa de combate a enchentes

Já foram retirados aproximadamente 7,1 milhões de metros cúbicos de sedimentos do Rio Pinheiros, do Rio Tietê e de seus afluentes

seg, 10/12/2012 - 16h45 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin realizou neste segunda-feira, 10 de dezembro, uma prestação de contas das obras de combate a enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, durante visita às obras do pôlder da margem direita da ponte da Vila Maria, no Rio Tietê. O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, e o superintendente do DAEE, Alceu Segamarchi Jr, também acompanharam a vistoria.

“Nós vamos enfrentar o verão em uma situação muito melhor. Primeiro, o aprofundamento da calha do Tietê. O rio voltou à batimetria original. Segundo, a limpeza dos piscinões. São 245 mil metros cúbicos a mais nos 30 piscinões que estão operando. Terceiro, esse pôlder já vai estar funcionando. Os demais, ficando pronto, vão entrando em operação. Quarto, a circunvalação aqui no Parque Ecológico do Tietê. Só a circunvalação dá um milhão de metros cúbicos de reservação. Então, acho que nós estamos mais preparados.”

O programa de combate a enchentes do Governo do Estado de São Paulo, a cargo do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), vinculado à Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento, compreende principalmente o desassoreamento e canalização de rios, a construção de piscinões e pôlderes e a recuperação e contenção de margens de rios.

Entre 2011 e 2012, aproximadamente 7,1 milhões de m³ de sedimentos foram removidos do Rio Pinheiros, Rio Tietê e seus afluentes. No caso do Tietê, o desassoreamento deixou o rio com a mesma capacidade de vazão de quando foram realizadas as obras de rebaixamento da calha.

Outros R$ 29 milhões estão sendo investidos na limpeza de 25 piscinões, localizados na bacia do Alto Tamanduateí (englobando a região do ABC), bacias do Pirajussara e Ribeirão Vermelho, que permitem a acumulação de 5 milhões de m³. O contrato prevê a remoção de mais de 245 mil m³ de sedimentos e lixo acumulados no fundo desses piscinões.

Pôlderes da Marginal Tietê

A construção dos pôlderes ou muros de contenção tem por objetivo minimizar um problema estrutural dos pontos baixos das Marginais, que favorecem a ocorrência de transbordamentos. As pontes já existiam quando as avenidas foram construídas e as pistas foram rebaixadas para permitir a passagem de ônibus e caminhões. Essa solução acabou gerando pontos que retém a água das chuvas e provocam alagamentos das marginais.

Em relação ao pôlder da margem direita do Tietê, junto à ponte Presidente Jânio da Silva Quadros (mais conhecida como ponte da Vila Maria), o DAEE trabalha na edificação da laje de fundo do reservatório. Na mesma área, também já foi dado início à construção do pôlder da margem esquerda.

Este é o primeiro de um conjunto de pôlderes que serão implantados também junto às pontes Aricanduva (margem direita e esquerda), Vila Guilherme (margem esquerda) e Limão (margem direita). Incluindo os pôlderes da Vila Maria (margem direita e esquerda), o pacote representa um investimento de R$ 57,7 milhões. Com esse sistema de pôlderes será possível aumentar em 20% a vazão máxima do rio Tietê.

Os pôlderes contarão com um dique ao longo do rio, um pequeno reservatório subterrâneo e um conjunto de bombas que terão a função de drenar a água das chuvas que acaba empoçando no local. O dique do pôlder da margem direita da ponte da Vila Maria terá 2.150 metros de extensão e o reservatório terá capacidade de acumular até 2,7 milhões de litros de água das chuvas. A drenagem do reservatório será realizada por um conjunto de três bombas de sucção, com capacidade para 400 litros/segundo cada.

PPP

Ainda em 2012 o Governo do Estado, por meio do DAEE, lançou, em 23 de agosto, um pacote de PPPs (Parceria Público Privada) que inclui 45 piscinões na Região Metropolitana de São Paulo. A empresa vencedora de futura licitação terá como responsabilidade a construção de sete novos piscinões; operação e manutenção de oito reservatórios em processo para construção; recuperação, modernização e operação de 30 dos reservatórios já existentes.

Ao final do período de concessão, que será de 20 anos, todo o sistema retorna ao Estado, que incorpora o investimento realizado.

O objetivo da PPP é transferir à iniciativa privada a tarefa de recuperar, manter, modernizar, operar e expandir a rede de piscinões do DAEE.

Em relação aos 30 reservatórios atuais, o parceiro deverá mantê-los limpos, conservando sua capacidade total de armazenamento. Deverá também modernizá-los, instalando equipamentos de operação remota, como comportas, para que eles possam ser operados a partir de salas de controle operacional que centralizarão toda a rede de telemetria e radares do DAEE.

Do DAEE