Alckmin entrega restauração da Ponte Euclydes da Cunha em São José do Rio Pardo

Ponte histórica construída sob fiscalização do autor de “Os Sertões” recebeu investimento de R$ 1,2 milhão do Estado, via Secretaria de Estado da Cultura

seg, 30/06/2014 - 12h39 | Do Portal do Governo

Símbolo histórico da cidade de São José do Rio Pardo, a Ponte Euclydes da Cunha foi completamente restaurada pelo Governo do Estado de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin entregou a restauração da ponte nesta segunda-feira, 30, ao lado do secretário da Cultura, Marcelo Mattos Araujo. O investimento de R$ 1,2 milhão foi repassado para a Prefeitura da cidade, por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Cultura. Coube à Prefeitura a realização das obras, desde a licitação à execução, com acompanhamento da Secretaria.

“A ponte Euclydes da Cunha tem um grande valor arquitetônico, porque é do século 19, inaugurada em 1901. E tem também um grande valor histórico, porque foi aqui que Euclides da Cunha escreveu ‘Os Sertões’, livro no qual ele relata a Guerra de Canudos, um clássico da literatura brasileira. É um patrimônio importantíssimo”, ressaltou Alckmin.

Com 100 metros de comprimento e quase sete de largura, a ponte metálica existente, na verdade, substitui uma primeira estrutura, que desabou em 1897 em virtude de uma rachadura em um de seus pilares de alvenaria. Tombada pelo Condephaat (Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado), a atual ponte metálica foi construída ao longo de três anos e inaugurada em 1901.

Durante o período de construção, numa cabana metálica instalada no canteiro de obras, o engenheiro Euclides da Cunha redigiu parte da célebre reportagem sobre a Guerra de Canudos para o jornal O Estado de S. Paulo, texto que mais tarde se tornaria o livro “Os Sertões”. Marco da literatura brasileira, o livro narra as incursões do exército contra o Arraial de Canudos, no interior da Bahia, até a extinção da comunidade liderada por Antônio Conselheiro.

Uma curiosidade sobre a ponte é que seu nome foi mantido como o do escritor, com sua grafia original – Euclydes da Cunha – modificada ao longo dos anos para Euclides da Cunha.

As obras de restauro incluíram o uso de estrutura auxiliar – composta por tubulação de aço, plataforma e lonas -, para “envelopar” a ponte e proteger o rio contra possíveis danos ambientais. As peças danificadas também foram substituídas por uma nova estrutura metálica, a pista de rolamento foi pavimentada em concreto armado, o Passeio também recebeu um novo piso, em ladrilho hidráulico preto e branco. Por fim, foram realizados o recapeamento asfáltico das cabeceiras da Ponte e uma nova instalação elétrica, com novos projetores de LED responsáveis pela iluminação do monumento.

O tombamento da ponte pelo Condephaat ocorreu em 1979, em função de seu interesse histórico – em virtude da ligação com a criação de “Os Sertões” -, além de paisagístico.

Secretaria da Cultura
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