Alckmin anuncia 29 reservatórios e estações de produção de água de reúso

Anúncios foram feitos durante visita às obras do Sistema Guarapiranga, que terá sua capacidade de produção aumentada em 1.000 litros por segundo

qua, 05/11/2014 - 15h57 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira, 5, investimentos da Sabesp para aumentar a reservação de água. Serão 29 novos reservatórios, que ampliarão a capacidade de armazenamento de água em 10% na Região Metropolitana de São Paulo.

“Esses reservatórios estão sendo construídos com material de aço e não com concreto armado. Então, em vez de três anos para fazer um grande reservatório, leva um ano para construção, além de custar 60% do preço”, informou o governador. Três já foram entregues, seis serão até dezembro e outros dez até março de 2015. Os demais serão concluídos até o fim do ano que vem. O investimento na construção desses reservatórios é de R$ 169 milhões.

O segundo anúncio feito por Alckmin foi a construção de duas estações de produção de água de reúso. Elas vão gerar 3.000 litros de água por segundo. Esse volume será devolvido à represa Guarapiranga e ao rio Cotia com economia e qualidade, aumentando a oferta de água nos mananciais. Em seguida, a água de reúso será novamente tratada e transformada em água potável. Essas obras devem ser entregues em dezembro de 2015.

Por fim, o governador detalhou o aumento da produção de água no Guarapiranga, que fornecerá neste mês mais 1.000 litros por segundo, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com 300 mil habitantes.

Ampliação do Sistema Guarapiranga

Os anúncios foram feitos por Alckmin durante a visita à Estação de Tratamento de Água Alto da Boa Vista, que faz parte do Sistema Guarapiranga e que está em ampliação da capacidade de produção de água.

Atualmente, a produção do Sistema Guarapiranga é de 14 mil litros por segundo. O sistema passará a tratar mais água do que trata hoje e, para isso, será utilizada a tecnologia de membranas de ultrafiltração. Adotada em países como Portugal, Espanha, Israel e Austrália, essa tecnologia de ponta conta com uma série de vantagens: produz água com muito mais rapidez (o tratamento, que levaria pelo menos duas horas, ocorre em 20 a 30 minutos), funcionamento automatizado e menos produtos químicos. Outra vantagem: ocupa um espaço físico menor, o que é essencial para a área onde está a estação de tratamento.

Esse conjunto de obras é mais uma ação no plano estratégico de combate aos efeitos da seca, pois vai aumentar a flexibilidade operacional do Sistema Integrado Metropolitano. Com mais 1.000 litros de água potável por segundo, bairros que hoje são atendidos pelo Cantareira passarão a ser abastecidos pelo Guarapiranga. Serão beneficiados 300 mil moradores dos seguintes bairros: Aclimação, Cambuci, Vila Independência, Vila Monumento e parte da Mooca.

A reservação do Sistema Guarapiranga também terá sua capacidade aumentada em 40 milhões de litros, com dois reservatórios metálicos de 20 milhões de litros cada um. Um deles já está em operação e outro será concluído até o final deste mês. Dessa forma, o sistema terá sua capacidade de reservação duplicada, passando para 80 milhões de litros. Os novos reservatórios vão armazenar a água que foi captada da represa e tratada na estação.

As obras começaram em julho de 2013. O valor total dos investimentos, considerando ampliação da ETA, reservatórios e adutora, é de R$ 76,5 milhões.

Água de reúso

Outro anúncio feito pelo governador foi a construção de duas estações de produção de água de reúso para recarregar os mananciais da Grande São Paulo. Juntas, elas vão produzir 3.000 litros de água de reúso, que serão lançados na represa Guarapiranga e na represa Isolina, do Sistema Baixo Cotia, aumentando o volume das represas.

Essa é uma estratégia inteligente e moderna. Primeiro será feito o tratamento do esgoto, cujo produto final é um líquido já despoluído, dentro das normas brasileiras. Esse volume, em vez de ser devolvido à natureza, passará por novo tratamento, virando água de reúso. Esta será lançada nas represas e, depois, será novamente tratada, transformando-se por fim em água potável, dentro da legislação nacional (portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde).

Uma das estações ficará na marginal Pinheiros, perto da estação Jurubatuba, na zona sul de São Paulo. O esgoto coletado da região de Interlagos será tratado nessa nova estação. O produto final será a água de reúso, com uma qualidade próxima à da água potável.

Essa água de reúso será então lançada no córrego Julião, que foi despoluído pela Sabesp dentro do programa Córrego Limpo. O Julião deságua na represa Guarapiranga. Portanto, essa água de reúso será novamente tratada e transformada em potável para ser então entregue à população. A produção será de 2.000 litros por segundo.

A outra estação de reúso será instalada em Barueri. O esgoto já tratado nessa cidade será refinado até se transformar em água de reúso. O volume será lançado na represa Isolina, formada pelo rio Cotia, e depois captada para tratamento na ETA Baixo Cotia. Portanto, será transformada em água potável e distribuída à população. Serão 1.000 litros por segundo.

Novos reservatórios

Os 29 reservatórios que a Sabesp está construindo serão instalados em 15 cidades e terão capacidade total para 235 milhões de litros. Ficarão nos seguintes locais:

São Paulo

– Alto da Boa Vista 1 e 2: somados, têm capacidade para 40 milhões de litros de água; beneficiam toda a zona sul da capital, já que fica dentro da estação de tratamento do Sistema Guarapiranga. Um deles já está funcionando e o outro entra em operação neste mês de novembro;

– Capão Redondo/Parque Fernanda: 15 milhões de litros;

– Grajaú: 15 milhões de litros;

– Ipiranga: 8 milhões de litros;

– Jardim Ângela: 10 milhões de litros;

– Jardim da Conquista: 10 milhões de litros;

– Jardim São Luiz: 5 milhões de litros;

– Jardim São Pedro: 10 milhões de litros.

Barueri

Serão dois reservatórios, cada um com capacidade para 10 milhões de litros, no Centro e em Tamboré.

Carapicuíba

Tem capacidade para 10 milhões de litros e beneficiará a região da Vila Dirce.

Cotia

Tem capacidade para 10 milhões de litros.

Diadema

Novo reservatório no Inamar já está operando e armazena 5 milhões de litros de água potável.

Embu das Artes

A região do Santo Eduardo será beneficiada com mais 5 milhões de litros.

Embu-Guaçu

Reservatório terá capacidade para 2,5 milhões de litros.

Francisco Morato

Serão três novos reservatórios. Na região do Jardim Liliane e no Parque 120, cada um deles terá capacidade para armazenar 2 milhões de litros. O terceiro ficará no Jardim Arpoador e armazenará 1,5 milhão de litros.

Franco da Rocha

Serão mais 5 milhões de litros armazenados para a Vila Santista.

Itapecerica da Serra

Serão três novos reservatórios. Na região do Campestre, serão 5 milhões de litros de capacidade. No Jardim Jacira serão 6 milhões de litros e, no Centro, mais 5 milhões de litros.

Itapevi

Reservatório terá capacidade para 10 milhões de litros e beneficiará o centro da cidade.

Osasco

Tem capacidade para 10 milhões de litros e beneficia a região do Conceição.

Ribeirão Pires

Serão mais 5 milhões de litros armazenados na região do Ouro Fino.

São Bernardo do Campo

São dois novos reservatórios. O do São Pedro já está operando, com capacidade para 3 milhões de litros de água; no Alvarenga, está sendo construído um com capacidade para 10 milhões de litros.

Vargem Grande Paulista

Tem capacidade para 5 milhões de litros e beneficia toda a cidade.

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