Adoniran Barbosa é tema de exposição no Metrô

Estações São Judas (linha 1-Azul) e Clínicas (linha 2-Verde) recebem imagens que mostram a relação de Adoniran com a cidade

seg, 10/12/2018 - 15h16 | Do Portal do Governo

O projeto “Viajando por São Paulo com Adoniran Barbosa” ganha novidades em dezembro e leva até o Metrô duas novas exposições sobre o famoso sambista. Entre os dias 10 e 31 de dezembro, a estação São Judas, da linha 1-Azul, recebe 10 imagens que mostram a relação de Adoniran com a zona sul da cidade. Já a estação Clínicas, da linha 2-Verde, recebe no mesmo período uma mostra com 20 imagens que exibem como Adoniran interagia com a zona oeste da capital. As imagens cedidas pelo acervo, que leva o nome do músico, também trazem informações sobre a vida e obra do homem que é um dos ícones da cidade.

Adoniran conhecia muito bem a zona oeste da cidade e isso fez com que várias músicas fossem inspiradas pela região. “Iracema” e “Um Samba no Bixiga” são algumas delas. Na última, o próprio final sugere que o sambista conhecia bem a área mencionada: “A situação aqui está muito cínica, os mais pior vai pras Clínica” (sic). Na zona sul da cidade não podia ser diferente, e também teve sua importância nas famosas canções de Adoniran. Um exemplo disso é o local escolhido por ele para abrigar os famosos personagens da música “Mulher, Patrão e Cachaça”: a antiga Favela do Vergueiro, que estava localizada na atual Chácara Klabin.

Nascido em 1910, em Valinhos-SP, o artista se mudou ainda muito jovem para Jundiaí e depois Santo André, até se estabelecer na capital paulista. A vida na metrópole influenciou diretamente sua obra, principalmente pelo cotidiano ligado ao rápido desenvolvimento da cidade e pelo modo de falar de vários imigrantes recém-chegados em São Paulo, principalmente italianos.

João Rubinato, conhecido popularmente como Adoniran Barbosa, trabalhou como pintor, encanador, varredor e muitas outras funções antes de se tornar radioator e compositor. Além de sua atuação no rádio, a carreira musical influenciou profundamente o samba paulista, com canções como “Trem das onze”, “Saudosa Maloca” e “Tiro ao Álvaro”, o que faz dele até hoje conhecido por várias gerações.

A exposição estará disponível até o dia 31 e faz parte da Linha da Cultura.

Do Metrô