40% das crianças obesas abandonam tratamento pela metade

Além disso, 60% das crianças não conseguem reduzir os fatores de risco para a saúde ligados à obesidade, aponta estudo do Dante Pazzanese

sex, 12/10/2012 - 20h02 | Do Portal do Governo

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com crianças e adolescentes obesos acompanhados pelo Ambulatório de Nutrição do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, unidade da pasta na zona sul da capital paulista, mostrou que 40% dos pacientes abandonaram o tratamento antes de sua conclusão.

A pesquisa trabalhou com 51 crianças e adolescentes que passaram por tratamento no ambulatório, e apontou que destes, 20 interromperam o tratamento antes do fim. Os efeitos da suspensão no tratamento também foram constatados pela pesquisa. Os dados mostram que 40% das crianças atendidas obtiveram redução nos fatores de risco. Outras 40% mantiveram os fatores e 20% chegaram a ter até mesmo um aumento nos fatores de risco.

“A obesidade na infância e na adolescência pode sérios prejuízos, como alteração no perfil lipídico, na pressão arterial e na glicemia”, diz a nutricionista do Departamento de Nutrição, Cristiane Kovacs.

Além do Ambulatório de Nutrição, o Instituto Dante Pazzanese passou a contar há um mês com um ambulatório específico para o tratamento da obesidade infantil. Segundo Cristiane, considerando os indicadores revelados pela pesquisa, os ambulatórios passaram a reforçar o trabalho com a educação nutricional, propondo metas de mudança de estilo de vida e de hábitos alimentares dentro do ambiente familiar.

Os ambulatórios também estão reforçando o apoio psicológico oferecido para casos em que a necessidade seja detectada. O atendimento é oferecido para os pacientes encaminhados que passaram previamente por atendimento nas unidades básicas de saúde municipais.

10 dicas para proteger seu filho da obesidade

1) Coloque horários regulares para as refeições (café da manhã, almoço, jantar) e evite a substituição por lanches;

2) Lanches intermediários devem ter opções saudáveis: iogurte desnatado, frutas, cereais;

3) Pais devem sempre estimular seus filhos a praticar atividade física;

4) Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes. No mínimo, três porções diárias devem ser consumidas;

5) Estimular o consumo de arroz e feijão diariamente, evitando alimentos industrializados, ricos em gordura e sódio (lasanha, macarrão instantâneo, nuggets, hambúrguer, salsicha);

6) Os pais devem dar o exemplo com hábitos e estilo de vida saudáveis;

7) Escolas e pais devem buscar ferramentas de educação nutricional com professores e nutricionistas para propor atividades que estimulem as crianças ao gosto por uma vida mais saudável como oficinas de culinária, hortas, aulas de nutrição;

8) As escolas podem e devem colaborar com a questão, com opções de lanches saudáveis;

9) Os pais devem montar lancheiras com mais opções saudáveis (frutas, sucos, cereais, iogurtes) e evitar alimentos industrializados (bolacha, bolos prontos, salgadinhos e refrigerantes);

10) Se observar sobrepeso em seu filho, procure a orientação de médicos, nutricionistas e até mesmo de psicólogos.

Da Secretaria da Saúde