SP tem o primeiro centro público de reciclagem de lixo eletrônico

Projeto da USP pretende atingir a marca de 500 equipamentos eletrônicos por mês

ter, 19/05/2009 - 18h25 | Do Portal do Governo

A Universidade de São Paulo vai implantar em agosto o primeiro Centro de Descarte e Reciclagem de Lixo Eletrônico, criado por um órgão público do Brasil.  

“Com mais de 50 milhões de computadores e 120 milhões de usuários de celulares no País, a quantidade de lixo eletrônico cresce em decorrência do descarte, estimulado pelo consumo de equipamentos novos cada vez mais modernos”, explica a professora Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica – CCE-USP, que coordena o projeto. “Atualmente, a vida útil dos celulares é de cerca 1,5 ano e de 4 anos para os computadores. No entanto, falta à maioria das empresas que recebe este tipo de material uma política de reciclagem ecologicamente adequada”, completa. 

Desenvolvido desde o início de 2008 pelo Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP, o projeto prevê a instalação do Centro de Descarte e Reciclagem (CEDIR), no campus da capital. Na fase inicial, também serão atendidos os campus de Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto. As unidades de Bauru, Pirassununga e Lorena serão integradas ao programa até o final deste ano, quando o centro será aberto para toda a população.  

A implantação do centro exigirá investimentos de R$ 180 mil, que serão usados para adequação do local e compra de ferramentas, como balanças, compactadora e trituradora. A estimativa do projeto é atingir a marca mínima de 500 equipamentos eletrônicos por mês.

Como será a reciclagem 

No centro de descarte, os equipamentos de informática seguirão dois caminhos após passar pela triagem: serão encaminhados para reciclagem ou destinados a ONGs e projetos sociais – casso possam ainda ser usados.  

No caso de reuso, os aparelhos deverão devolvidos à USP após três anos de utilização. Já no caso de descarte, os componentes dos equipamentos serão pesados, desmontados, separados, descaracterizados (destruição física dos dados armazenados), compactados, acondicionados e novamente pesados. Depois serão transportados para empresas parceiras de transformação dos resíduos para o processamento de metais, plásticos, placas, vidros e outros insumos recicláveis.  

Os resíduos das baterias serão triturados e seguirão para tratamento e posterior recuperação de metais ou transformação em óxidos e sais metálicos que irão gerar matéria-prima para as indústrias. 

Da USP