SP faz convênio para construir uma Fatec e uma Etec em Barueri

Governador: Eu queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Saudar aqui os corintianos que devem estar felizes. Todos comemorando. É uma boa. Queria cumprimentar o Governador Orestes […]

qui, 29/05/2008 - 15h03 | Do Portal do Governo

Governador: Eu queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Saudar aqui os corintianos que devem estar felizes. Todos comemorando. É uma boa.

Queria cumprimentar o Governador Orestes Quércia, que nos dá o prazer da presença hoje aqui. Cumprimentar o Prefeito Rubens Furlan, a família do Francisco Moran que foi o principal emancipador do município, que fazia parte de Santana de Parnaíba.

E o Furlan me disse uma curiosidade. Na divisão, nenhum dos dois lados queria a área que hoje é de Alphaville. Os dois diziam: Não, fica com você, fica com você.

Queria cumprimentar a Sônia Furlan, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Barueri. O vereador Toninho Furlan, presidente da Câmara Municipal, e por intermédio do Toninho, cumprimentar todos os vereadores.

O deputado federal Abelardo Camarinha. Os deputados estaduais Gil Arantes, que é daqui. O Valdir Agnelo. O João Caramez, que teve que se ausentar, mas ficou aqui até agora. O Celso Giglio, aqui de Osasco. O Camarinha, que é lá de Marília. O Camarinha filho, são dois Camarinhas, o pai é deputado federal, e o filho, Vinicius, é deputado estadual. E o deputado Gilmaci Santos.

Queria cumprimentar também o ex–deputado Carlão Camargo. O doutor Barradas, que é o nosso secretário da Saúde. O professor doutor Manasses Fonteles, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Os prefeitos aqui presentes da região: Carapicuíba, o Fuad. Itapevi, a Maria Ruth. A Andréa, de Francisco Morato. E o José Merli, de São Lourenço da Serra. Queria também cumprimentar aqui um personagem que vai ser muito importante para esse hospital: o Nacime Salomão Mansur, que é o superintendente dos hospitais afiliados da UNIFESP – a Universidade Federal de São Paulo. Eles é que vão gerir o hospital. No modelo de organizações sociais que vem dando muito certo no nosso Estado. As OSs, as Organizações Sociais, cuidam de vinte e dois hospitais de São Paulo. O atendimento é 25% maior e o custo é 10% menor. Quer dizer, realmente funciona, e eu tenho certeza de que vai funcionar aqui. A UNIFESP administra hospitais estaduais também, vários deles.

Queria cumprimentar, por último, a Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza, que é o braço do Estado na área do ensino técnico e tecnológico.

Queria saudar também os dirigentes de partidos aqui presentes, secretários municipais, profissionais da saúde, representantes de entidades e associações de classes.

Bem, este hospital – vamos falar claro – foi feito sozinho pela Prefeitura. Barueri tem uma receita tributária por habitante quase três vezes acima da média de São Paulo. Só perde para Paulínia. Mas Paulínia tem a refinaria. Não estou diminuindo o papel de uma refinaria, mas o que Barueri tem é progresso econômico sem parar.

Criou-se um novo pólo de desenvolvimento aqui na região da Grande São Paulo. E o Furlan deu um dado que me impressionou. Ele tem uma arrecadação de uns R$ 850 milhões, R$ 250 vão para a saúde. Não é isso? Isso mostra a prioridade que é dada à saúde. Quase 30% dos recursos, o mínimo constitucional é 15, aqui quase 30% vão para a saúde. Isso mostra a prioridade que ele atribui à saúde. Além de conseguir investir uma margem imensa do orçamento.

Então nós podemos dizer que Barueri arrecada bastante porque progride muito e progride muito porque tem Prefeitura que sabe investir para fortalecer o crescimento. Há um circulo virtuoso aqui em Barueri do qual o Furlan não é alheio. É a figura que marcou o desenvolvimento da cidade, do município nos últimos vinte e cinco anos. Quando ele foi eleito, assumiu a Prefeitura a primeira vez em 1983. São vinte e cinco anos, agora 2008 são vinte e cinco anos marcando a história de Barueri. É uma história bonita aqui para a Grande São Paulo, para o Estado. Enfim, eu fico sempre muito satisfeito de vir até aqui e observar aquilo que está acontecendo. Nós vamos dar algum recurso para equipamento do hospital, mas vamos ter claro: foi uma obra essencialmente da Prefeitura.

Para vocês terem uma idéia de como a saúde custa, a construção desse hospital vai gerar um funcionamento equivalente em custo ao investimento feito. Ou seja, aquilo que se gastou na construção vai se gastar em cada ano para a manutenção. Isso é a saúde. Tem que investir, mas investir não é o maior problema. Não é, Furlan? O maior problema é manter depois. O problema é fazer funcionar com qualidade. E esta relação custeio – investimento dá para avaliar bem a importância da decisão que foi tomada ao se fazer esse hospital.

Realmente, meus parabéns, Furlan, meus parabéns pela iniciativa. Eu me lembro de um hospital – cadê o Celso Giglio? – do hospital que ele fez lá, que tem o nome do seu pai, lá em Osasco. Era mais ou menos a mesma relação. Antônio Giglio. A mesma coisa. Gastando por ano aquilo que custou para  investir. E ele tem razão numa outra coisa. Vai ser um hospital regional, porque a saúde não tem fronteiras. O Estado de São Paulo, por exemplo, atende muita gente de outros Estados.

Há hospitais que atendem 40% de não paulistas. E o SUS não dá mais dinheiro para os Estados e municípios que atendem municípios vizinhos ou Estados vizinhos. Não dá mais dinheiro. Eu até tentei fazer isso no Ministério da Saúde, mas não deu tempo de concluir. Era o Cartão SUS, que foi abandonado posteriormente. Com o Cartão SUS, o sujeito entrava, tinha toda a ficha: de tal município, tal Estado, tem tal doença, tem isso, tem aquilo e aí era possível criar um sistema de compensações a partir do Ministério da Saúde. Mas isso ainda está por se fazer. De maneira que quem vai pagar o atendimento de quem vem de município vizinho é Barueri. Isto é um aspecto muito meritório desta obra, desta instituição de saúde.

Nós vamos dar um apoio aqui para o hospital insuspeitado. Um apoio imenso para o funcionamento disso tudo. Que é a ETEC. Porque a ETEC, a escola técnica, que vai ter mil quatrocentos e quarenta alunos, não vai ter logo de cara, ninguém vai entrar direto logo no terceiro semestre. São três semestres numa ETEC, é para nível médio. Ou seja, mesmo quem não terminou o ensino médio pode cursar a escola técnica junto com o médio. A gente também dá aula de ensino médio nas ETECs, que são as principais escolas de ensino médio estaduais de São Paulo. De muito boa qualidade. Mas a cada semestre vão entrar alunos novos.

As especialidades – vejam que importante – são: enfermagem, radiologia, órtese e prótese. Portanto, aquilo que a ETEC fizer, vai servir a esse hospital, enfrentando o problema da escassez de profissionais de saúde em São Paulo.

Nós estamos investindo de tal maneira em saúde no Estado, e em alguns municípios, como é o caso da Capital, que tem faltado profissionais de saúde. As Irmãs Marcelinas, que são grandes parceiras nossas, vieram lá outro dia e elas estão botando anúncio em jornal de outros Estados para pedir médicos e profissionais de saúde. Está faltando em São Paulo. Não é porque se forma pouco, é porque se demanda muito.

Portanto, essa ETEC vai ser parceira. Eu acredito que 100% daqueles que se formarem já vão ter emprego conseguido aqui no sistema de saúde, ou do município ou da região. Aliás, o índice de emprego nas ETECs é de 80%. O aluno termina e tem 80% de possibilidade de já sair da escola com um emprego. A proporção nas FATECs é de 90%. E nós vamos criar uma FATEC aqui, especializada na produção de plásticos e na gestão empresarial voltada para o comércio exterior. A FATEC já é um curso universitário. São três anos. Isto vai promover a região na direção de um ensino de qualidade.

E eu quero dizer – viu Furlan, governador Quércia – este tem sido o objetivo essencial do nosso governo: a expansão do ensino técnico e tecnológico. Nós encontramos setenta e poucos mil alunos no ensino técnico, nas ETECs. Vamos levar, até o final do governo, para cento e setenta mil. Nós vamos aumentar mais de cem mil aqui em São Paulo.

E, no caso das FATECs, eu encontrei vinte e seis FATECs, nós vamos fazer mais de vinte e seis. Ou seja, vamos ter mais de cinqüenta e duas, duplicando o numero de FATECs, fazendo tantas FATECs quanto todas aquelas que foram feitas na história. Fazemos sempre ligadas às demandas regionais.

Vocês vão ver FATECs que têm a ver com o etanol, com bicombustíveis, FATEC que tem a ver com calçados, FATEC que tem a ver com indústria têxtil. E a mesma coisa para as escolas técnicas, dependendo das regiões. Eu considero que esta é a ação, é difícil dizer o que é mais importante quando a gente está no governo. O que é mais importante, o coração, o estômago, o fígado? Tudo isso faz parte de um organismo existencial. Mas, sem dúvida nenhuma, para mim, é o que eu olho com mais entusiasmo. Porque nós estamos colocando São Paulo na rota do desenvolvimento. Falta emprego. É o nosso problema número um. E aí o que acontece? Na hora que tem empresa instalada, não tem mão de obra qualificada. Não é mais como antigamente.

Meu avô era analfabeto, meu pai era analfabeto até fazer o serviço militar. Eles eram italianos, mas o sujeito progredia na vida, se virava. Hoje não. Hoje, cada vez mais tem que ter educação, e tem que ter formação técnica também. Tem gente que tem preconceito com a questão de formação técnica. Pois eu acho muitas vezes muito melhor um jovem poder fazer uma ETEC, conseguir emprego, fazer uma FATEC e conseguir emprego, uma faculdade de graça, do que ter que ficar pagando para fazer um curso de Direito e depois não passar nem no exame da OAB porque não tem motivação. Nem a faculdade tem nível para isso, apesar do sacrifício feito pela família.

Eu não tenho nenhuma implicância com o ensino de Direito, poderia dar outros exemplos, mas a gente tem também que desenvolver essa área técnica e tecnológica. Aliás, aqui na região nós temos três ETECs novas para fazer, que são Carapicuíba, Cotia e Embu. E já temos aqui – não é, Laura? – já temos muitas. Você sabe quantas aqui na região? Vamos fazer em Taboão também. Tem toda a lista, mas eu não vou ler. O fato é que está entupindo a região dessas opções que são fundamentais. Dezessete na região metropolitana.

Porque também tem outro problema. Quando eu mandei fazer o levantamento da distribuição de alunos das ETECs e FATECs, nós vimos que na região metropolitana de São Paulo, tinha 16% dos alunos e 50% da população. Há um desequilíbrio nesse sentido, e nós estamos, sem deixar o Interior de lado, reforçando mais do que proporcionalmente as regiões da Grande São Paulo.

Mas eu queria também aproveitar para falar de outras coisas aqui. Aproveitar essa oportunidade com tanta gente tão atenta, tão carinhosa. CPTM: estamos fazendo um investimento importante, na linha chamada Diamante. Vamos gastar R$ 400 milhões até 2010 e modernizar treze estações. E reduzir o tempo entre os trens de oito para cinco minutos. Isso vai trazer um benefício enorme para o transporte da população trabalhadora de toda esta região. Nós estamos investindo na CPTM, nos trens urbanos para transformá-los em metrô de superfície. As estações são iguais às do Metrô. Os trens, novos.

Nós estamos comprando noventa e nove trens novos, é a maior compra do mundo feita neste período de tempo. Sistemas, sinalização, porque intervalo entre trens não depende de ter mais trens, depende de ter segurança. E estamos investindo em tudo isso. Tem duzentos e quarenta quilômetros de trilhos na região da Grande São Paulo. Desses duzentos e quarenta, cento e sessenta, até o final do nosso mandato, vão estar transformados em metrô de superfície, na qualidade, no conforto, na rapidez e na freqüência. Portanto, esta região tem uma parcela importante dessas melhorias.

Outro aspecto da Raposo Tavares, que tem muito a ver também com a região. Da Raposo até Cotia, vamos investir R$ 104 milhões. Já têm editais na rua. Os editais estão em andamento. O que traz um beneficio grande aqui para a região. Sem falar dos investimentos colaterais do Rodoanel. O corredor oeste, que nós estamos também trabalhando na Secretaria de Transporte Metropolitano. Estamos trabalhando para fazer um corredor a partir de Osasco, que vai incluir Barueri também.

Falo também do projeto Tietê. São R$ 132 milhões beneficiando Barueri, Carapicuíba, Cotia, Osasco e Santana de Parnaíba. É investimento em esgoto, aqui no caso. Dezesseis quilômetros de rede coletora tronco, das grandes; cento e cinqüenta e oito quilômetros de redes coletoras das casas, das residências.

E também uma coisa importantíssima que são os Ambulatórios Médicos de Especialidades. Vamos fazer três aqui na região. Um em Carapicuíba, um em Itapecerica e o outro em Taboão. Vai ajudar Barueri? Muito. Por que? Porque um Ambulatório Médico de Especialidades é um lugar para se fazer consulta. Trinta especialidades. Nós já temos um funcionando em Votuporanga. São quinze mil consultas por mês e cinco mil exames por mês. Isto desafoga os hospitais. Porque hoje a população tem um problema, que é às vezes uma consulta com ortopedista, corre para o hospital. Isso superlota os hospitais com algo que não é a finalidade deles. As pessoas não estão erradas, porque elas vão procurar atendimento onde tem alguma instituição de saúde.

Esses AMEs vão desafogar os hospitais. Vão desafogar também este novo hospital de Barueri. Isto é muito importante aqui para a região toda. São consultas com hora marcada, são consultas bem feitas, o exame faz na hora e também fazemos com entidades parceiras da sociedade. Fazemos com Santas Casas, fazemos com as irmãs Marcelinas, com a UNIFESP eu não sei se já tem alguma, deve ter lá na zona leste de São Paulo, lá no Maria Zélia. Enfim, alastramos, vamos fazer quarenta no Estado de São Paulo inteiro, dividido por regiões.

Agora vocês reparem o seguinte: eu dei elementos, investimentos, isso e aquilo, a maior parte dos prefeitos é de partidos diferentes. No entanto, nós estamos fazendo. Por que? Porque a nossa administração não olha cor político- partidária. Nós não governamos de olho nisso. Se a gente for olhar a cor partidária, prejudica-se a população. Tal município é do PT, deixa de ir, porque é do PPS, porque isso, porque aquilo. Eu nem sei às vezes, às vezes eu recebo um prefeito eu nem tenho tempo de ver de que partido que é. A gente vê qual é a necessidade, como é que as coisas andam.

Da mesma maneira na Assembléia Legislativa. O Gil é testemunha disso. Nós trabalhamos com todos os parlamentares, incluindo da oposição. Eles têm emendas para fazer, nós damos as emendas. Cumprimos. Temos isonomia com a Assembléia Legislativa porque isso significa legislar em parceira. A Assembléia aprovou todos os projetos importantes que nós mandamos. Todos. Sem exceção. até aqueles que permitem ter recursos para investimentos.

Porque São Paulo está com as contas arrumadas. Mas da receita corrente não tem muito dinheiro para os investimentos que são necessários. Nós temos que conseguir limite de endividamento e receitas como a venda da conta salário, o PPI, parcelamento de dividas, apropriação de parte dos depósitos judiciários, e por ai vai. São receitas que só entram uma vez.

E nós estamos investindo na veia das carências de São Paulo. Na área do transporte, na área da saúde, na área da educação, na área do ensino técnico, na área do ensino tecnológico. Portanto, estamos administrando o Estado com pluralidade e com responsabilidade. E fazendo um governo popular. Para nós, as prioridades são os investimentos, principalmente o transporte público, por um lado; e por outro, a educação, a saúde, a abertura de novas oportunidades para a nossa juventude. Porque, em última análise, nós trabalhamos para os nossos jovens. O casal Furlan que está aí trabalha, por exemplo, para a Bruna. Vocês pensam na Bruna. Cadê a Bruna? Vocês devem ter mais filhos, eu não estou querendo causar ciumeira aí. Eu só conheci a Bruna. Por isso que estou me referindo a ela como exemplo.

Bem, queria agradecer a vocês de coração. Dizer que nós vamos continuar contando muito com Barueri e essa região trabalhadora de São Paulo. E contem conosco, contem com o Governo do Estado e com as Secretarias. E contem comigo pessoalmente. Contem mesmo.

Muito obrigado.