Alckmin observa o retrato do ex-governador e ex-presidente Jânio Quadros, que faz parte da exposição comemorativa
Muitos registros históricos fazem parte da exposição, que pode ser visitada até o dia 28 de fevereiro
Exposição no Palácio dos Bandeirantes é aberta ao público e tem entrada gratuita
Alckmin destacou que Jânio foi um grande administrador
O governador Geraldo Alckmin participa da abertura da exposição Jânio Quadros, 100 anos
Público acompanha abertura da exposição sobre o centenário de Jânio Quadros, no Palácio dos Bandeirantes
Exposição traz fatos marcantes sobre o ex-presidente e ex-governador Jânio Quadros
O governador Geraldo Alckmin abriu nesta quarta-feira, 25 de janeiro, a mostra Jânio Quadros, 100 anos, no Palácio dos Bandeirantes. A data é em virtude do seu centenário de nascimento, que ocorre exatamente no mesmo dia do aniversário de São Paulo, quando a capital paulista celebra seus 463 anos. A exposição gratuita é uma parceria entre o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do governo e o Arquivo Público do Estado (APESP) e fica aberta até o dia 28 de fevereiro. O evento contou também com a presença do neto do homenageado, Jânio Quadros Neto.
Durante a cerimônia, o governador assinou um protocolo de intenções com o neto de Jânio, permitindo a doação do acervo privado do avô ao Arquivo Público. A contribuição vai incluir um relevante conteúdo histórico e informativo ao estado.
Em seu discurso, Alckmin destacou o importante papel de Jânio Quadros na vida política brasileira. “Dificilmente ocorrerá na história do país um fenômeno como foi Jânio Quadros. Figura de personalidade extremamente multifacetada: professor de português, de geografia, querido pelos seus alunos, o pintor que percorreu o país em mostras artísticas, o escritor, o poeta, o marido, o pai, o avô e, acima de tudo, um grande brasileiro. Mas, o mais importante foi a sua defesa do interesse público. Ninguém por acaso vira prefeito, governador e presidente. Isso é fruto da confiança do povo”, afirmou.
Jânio Quadros, nascido em 1917, no Mato Grosso, fez em solo paulista sua grande e rápida carreira política. Em 12 anos, foi de vereador de São Paulo a presidente da República. Uma linha do tempo mostra acontecimentos e imagens que marcaram a vida deste presidente populista, mas destaca também um Jânio erudito, de múltiplas vocações. Foi político, professor e artista. Em 1975, pintou uma série que deu nome de “Minhas Bonecas”. Uma destas telas está em exposição.
Dois documentários da TV Cultura (“Jânio Quadros 100 anos” e “A face oculta de Jânio”) e alguns dos tradicionais bilhetes, usados com frequência nas suas gestões, também figuram entre os 71 objetos da mostra. Duas cadeiras usadas por ele, uma quando governador de São Paulo e outra depois, já como presidente de República, estão juntas das fotografias que ilustram o momento. Uma delas registrou o presidente Jânio, em 1961, despachando no Palácio do Horto, lugar que usava com frequência quando governador e hábito que foi possível manter devido às boas relações que tinha com o governador paulista, Carvalho Pinto.
Estão entre os itens cedidos pelo APESP, nove exemplares originais da Revista Manchete – abrangendo o período de 1954 a 1961. Um desses traz na capa a vitória de Jânio Quadros para Presidente da República. O visitante pode ver o livro oficial da mensagem apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo então Governador Jânio Quadros, no dia 14 de março de 1958, e os adesivos oficiais da “Campanha Janio Quadros e Adhemar de Barros”.
Além disso, fotos originais compõem a mostra com registros históricos da carreira política de Jânio, no exercício dos cargos de vereador, prefeito e governador de São Paulo e presidente da República. O público também pode apreciar imagens digitais – algumas inéditas – da vida pessoal de Quadros, enquanto se distraía no seu ateliê de arte; folhetos e cartazes das campanhas eleitorais; toda a comoção do povo que acompanhava Jânio Quadros nos comícios; e como governador de São Paulo, recebendo os jogadores da seleção brasileira de futebol de 1956.
Os materiais em exposição são fruto de um trabalho de estudo e coleta do acervo próprio do governo de São Paulo, do governo de Minas Gerais, colecionadores e bibliotecas. As futuras mostras também contarão a história dos ex-governadores por meio de objetos, vídeos, documentos e fotografias.
A mostra fica aberta ao público do dia 26 de janeiro a 28 de fevereiro, das 10h às 17h. É a primeira do projeto Memórias dos Governadores, que terá próximas edições organizadas também pelo Acervo Artístico-Cultural dos Palácios e o Arquivo Público do Estado.
Informações sobre a visita:
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios
(11) 2193-8282
