Workshop: Unicamp realiza até esta sexta-feira seminário sobre empresas tecnológicas

Palestra aborda como se realizam as parcerias com a Fapesp

qua, 02/04/2003 - 10h29 | Do Portal do Governo

Do Portal da Unicamp

A Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) tem dedicado pelo menos 5% de seu gasto anual em projetos de pesquisas de inovação tecnológica. Dos R$ 455.005.000,00 gastos em 2002, R$ 19.447.821,94 foram dedicados a pesquisas da área tecnologia. O apoio se dá por meio dos programas Pipe (Programa de Inovação a Pequenas Empresas) e Pite (Parceria Inovação Tecnológica), criados em meados da década de 1990 visando ao desenvolvimento de novos produtos com conteúdo tecnológico ou novos processos produtivos.

Desde a criação do Pipe, em 1997, a agência de fomento investiu R$ 47.986.864,43 no apoio a pesquisas tecnológicas idealiadas por pequenas empresas. De 835 solicitações feitas para o Pipe em sua primeira fase, 232 projetos foram atendidos, dos quais 30 estão em andamento e 60, em análise. Estes números foram apresentados pelo professor da USP Francisco Coutinho, coordenador adjunto da Diretoria Científica da Fapesp, na última segunda-feira (31 de março), durante o I Workshop de Empresas Tecnológicas de Campinas, organizado pela Cientec.

Segundo Coutinho, no Pite, o investimento total foi de R$ 79.466.190,01, 41% dispendido pela empresa e 59%, pela Fapesp. A fundação banca de 20% a 70% do projeto, dependendo dos riscos comercial e tecnológico. Segundo Coutinho, os programas visam capacitar as empresas que buscam apoio na Fapesp a aumentar sua competitividade e sua contribuição socioeconômica para o País.

Entre os principais objetivos estão o incentivo e a oportunidade para que pequenas empresas de base tecnológica desenvolvam pesquisa em ciência, engenharia ou em educação científica e tecnológica de impacto comercial ou social. Além disso, a fundação pretende “estimular o desenvolvimento de inovações tecnológicas e ao mesmo tempo viabilizar uma maior aplicação prática de pesquisas realizadas com apoio da Fapesp e contribuir para a criação de uma cultura que valorize a atividade de pesquisa em ambiente empresarial”, segundo o professor.

Fapesp: 40 anos de trabalho em apoio à pesquisa

Há 40 anos, a Fapesp apóia todas as áreas da Ciência e da Tecnologia, por meio da concessão de bolsas e de auxílios a projetos de pesquisa e a outras atividades ligadas à investigação e ao intercâmbio científicos. Iniciado em 1997, o Pipe é o primeiro programa da Fapesp que apóia a pesquisa para inovação tecnológica diretamente na empresa, através da concessão de financiamento ao pesquisador a ela vinculado ou associado.

O alvo do Pipe são empresas com até cem empregados, dispostas a investir na pesquisa de novos produtos de alto conteúdo tecnológico ou processos produtivos inovadores, capazes de aumentar sua competividade e sua contribuição socioeconômica para o País.

A Fapesp financia a parte do projeto a cargo da instituição, enquanto a empresa parceira deve oferecer uma contrapartida financeira para custear a parte da pesquisa que lhe cabe desenvolver. A Fundação tem uma rede de mais de seis mil assessores voluntários, a maioria pesquisadores em atividade no Estado de São Paulo, enquanto algumas centenas estão espalhados pelo Brasil e Exterior. Essa avaliação é feita por pares, assessores escolhidos entre cientistas de reconhecida competência, de acordo com a natureza e a área do conhecimento em que se insere cada projeto.

O I Workshop de Empresas Tecnológicas de Campinas prossegue até esta sexta-feira, dia 4, com palestras na Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). Mais informações pelo site www.altecamp.com.br

V.C.