Volta às aulas: Procon-SP encontra diferença de até 311,11% no lápis preto nº 2

Fundação pesquisa preços de 122 itens e orienta consumidor na compra de material escolar

qua, 02/02/2005 - 12h01 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou uma pesquisa de preços de 122 itens de material escolar. A maior diferença encontrada foi de 311,11%, no lápis preto nº 2 redondo. No ano de 2004, o levantamento apurado pelo órgão constatou que a maior diferença havia sido de 250,00%.

O levantamento foi realizado em nove estabelecimentos comerciais das cinco regiões da cidade de São Paulo de 4 a 7 de janeiro. Do total de itens comparados, o estabelecimento Japuíba (região norte) foi o que apresentou a maior quantidade de itens com menor preço (29 produtos).

Dos 122 itens pesquisados, 117 foram divulgados e 88 comparados. Alguns produtos foram retirados da amostra por não apresentar o número mínimo de itens que viabilizasse a pesquisa. A comparação de preços foi efetuada somente entre os itens encontrados em mais de três estabelecimentos.

As três maiores diferenças de preço encontradas foram:

1ª Diferença: 311,11%
Produto: lápis preto nº 2 redondo – unidade – cód. 1205 – Faber Castell
Maior preço: R$ 0,74 (“Papelaria Universitária ” – Centro)
Menor preço: R$ 0,18 (“Papelivros” – Centro)
Diferença em valor absoluto: R$ 0,56

2ª Diferença: 263,64%
Produto: apontador de lápis (c/ depósito plástico) – unidade – ref. 362 – CIS
Maior preço: R$ 1,20 (“Momotaro” – Sul)
Menor preço: R$ 0,33 (“Artesco” – Sul)
Diferença valor absoluto: R$ 0,87

3ª Diferença: 220,00%
Produto: régua plástica cristal 30cm (fina) –unidade – ref. 1002 – Bandeirante
Maior preço: R$ 0,80 (“Papelivros” – Centro)
Menor preço: R$ 0,25 (“Japuíba” – Norte)
Diferença valor absoluto: R$ 0,55

Acompanhe o número de itens, por estabelecimento, com preços menores ou iguais aos preços médios obtidos dentre os 88 comparados:

Norte
• Bazar e Papelaria Japuíba: 48 itens de 49 comparados (97,96%)
• Papelaria Celis: 20 itens de 38 comparados (52,63%)
Sul
• Artesco: 46 itens de 77 comparados (59,74%)
• Momotaro: 39 itens de 46 comparados (84,78%)
Leste
• Papelaria Videira: 10 itens de 38 comparados (26,32%)
Oeste
• Agipel: 35 itens de 54 comparados (64,81%)
• Pontocom – 11 itens de 58 comparados (18,97%)
Centro
• Universitária: 3 itens de 14 comparados (21,43%)
• Papelivros: 6 itens de 47 comparados (12,77%)

A seguir, o percentual de abastecimento de produtos, por região, em relação ao total de 117 itens divulgados:

Norte
• Bazar e Papelaria Japuíba – 51 itens (43,59%)
• Papelaria Celis – 42 itens (35,90%)
Sul
• Artesco – 90 itens (76,92%)
• Momotaro – 49 itens (41,88%)
Leste
• Papelaria Videira – 46 itens (39,32%)
Oeste
• Agipel – 60 itens (51,28%)
• Pontocom – 69 itens (58,97%)
Centro
• Universitária – 14 itens (11,97%)
• Papelivros – 49 itens (41,88%)

A pesquisa elaborada pela Fundação Procon-SP teve como principal finalidade retratar o comportamento dos preços no mercado de material escolar, evidenciando a necessidade da pesquisa antes da compra.

O levantamento constatou que um produto pode ter variações de preço consideráveis de um estabelecimento para outro. Conclui ainda que o mercado oferece uma diversidade muito grande de marcas e especificações, cabendo ao consumidor avaliar com muito critério suas reais necessidades.

O orçamento doméstico, no início do ano, é bastante apertado, com a chegada das faturas das compras de Natal, impostos e taxas. Assim, é bom lembrar que qualquer economia é bem-vinda e que muitos itens do material escolar podem ser reaproveitados de um ano para o outro. Outra recomendação do órgão é informar-se sobre as formas de pagamento oferecidas e sobre a possibilidade de desconto para pagamento à vista.

Como evitar problemas na hora de comprar material escolar

Antes de sair às compras, faça um levantamento do material que restou do ano anterior e procure comprar somente o necessário. A pesquisa de preços ainda é a melhor forma de economizar.

Junto com o início de todo período letivo, recomeça a procura por material escolar. Visando facilitar e evitar problemas na hora da compra destas mercadorias, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, orienta sobre os cuidados a serem tomados.

As escolas têm obrigação de fornecer as listas de material aos alunos para que os pais possam pesquisar preços e escolher o fornecedor de sua preferência. Algumas exigem que o material escolar seja comprado no próprio estabelecimento, porém esta prática é abusiva.

Em primeiro lugar, efetue um balanço do que restou do período anterior e verifique a possibilidade de reaproveitamento dos materiais. Após definir o que deve ser comprado, faça uma pesquisa de preços em vários estabelecimentos. Se possível, opte pelo pagamento à vista e, neste caso, não deixe de pechinchar. Se a alternativa for o pagamento a prazo, não deixe de checar e comparar as taxas de juros. Para compras com cheques pré-datados, faça com que as datas sejam especificadas na nota fiscal e no verso dos cheques como forma de garantir o depósito na data combinada com a loja. Não esqueça: pagamentos com cartão de crédito são considerados à vista e, portanto, o preço não deve sofrer alteração.

Fique atento às promoções, certificando-se de que tanto o preço quanto o produto em questão realmente valem a pena. Procure comprar somente o necessário, lembrando-se que nem sempre o material mais caro e sofisticado é o melhor.

Algumas lojas concedem descontos para compras em grandes quantidades, portanto, sempre que possível, reuna um grupo de consumidores e discuta sobre essa possibilidade com os estabelecimentos.

Fique de olho nas embalagens de materiais como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, entre outros, que devem conter informações claras, precisas e em língua portuguesa a respeito do fabricante, importador, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco ao consumidor.

Exija sempre a nota fiscal, documento indispensável no caso de problemas com a mercadoria, e recuse quando estiverem relacionados apenas os códigos dos produtos, porque isto dificulta a identificação. Em caso de problema com os itens adquiridos, mesmo que estes sejam importados, o consumidor tem seus direitos resguardados pelo Código de Defesa do Consumidor. Não perca os prazos para reclamar: 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para os duráveis (no caso de vícios aparentes).

Evite comprar mercadorias em marreteiros e camelôs, porque apesar de venderem mais barato, eles não fornecem nota fiscal, o que pode dificultar a troca ou assistência do produto se houver necessidade.

Quanto ao uniforme escolar, veja se existe esta obrigatoriedade na escola em questão e quanto o custo deste irá influenciar no orçamento final. Somente se a instituição educacional possuir uma marca devidamente registrada poderá estabelecer que a compra seja feita na própria escola e/ou em terceiros pré determinados.

A Lei 8.907, de 1994, estabelece que a escola deve adotar critérios para a escolha do uniforme levando em conta a situação econômica do estudante e de sua família, bem como as condições de clima da localidade em que a escola funciona.

Dúvidas ou reclamações referentes podem ser sanadas nos postos de atendimento pessoal da Fundação Procon-SP, nos postos do Poupatempo na Sé, Santo Amaro e Itaquera. Reclamações por fax devem ser encaminhadas ao telefone (11) 3824-0717 ou para a caixa postal 3050, CEP 01061-970, São Paulo/SP. Para saber se o fornecedor possui reclamação no Procon-SP, consulte o cadastro pelo telefone (11) 3824-0446 ou o site www.procon.sp.gov.br. O telefone 151 funciona somente para o esclarecimento de dúvidas.

Da Assessoria de Imprensa da Fundação Procon-SP

(LRK)