Nem só do repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) vive uma instituição pública de ensino superior. As boas universidades necessitam atualizar constantemente seus laboratórios de pesquisa e suas instalações, e, desta forma, aumentar sua capacidade de pesquisa. Com esse intuito, o Programa de Reestruturação da Pós-Graduação, de autoria da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPP), instituiu, no início da atual gestão (2001), o Prêmio de Incentivo à Captação de Recursos. Em sua segunda edição, o prêmio foi entregue no dia 27 de fevereiro passado, em cerimônia realizada durante a reunião do Conselho Universitário, no campus de Jaboticabal.
‘É um reconhecimento de nossa instituição, por meio da Reitoria, ao esforço de docentes e unidades universitárias que tiveram desempenho expressivo na captação de recursos’, enfatiza o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, o biomédico Marcos Macari.
O prêmio, uma estatueta representando Atenas, a Deusa da Sabedoria, foi entregue aos três docentes e às três unidades universitárias que se destacaram durante o ano de 2002. Na categoria docente, a bióloga Silvia Rodrigues Machado, docente do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências (IB), campus de Botucatu, foi a primeira, tendo captado recursos junto a órgão de fomento com o projeto temático ‘Estudos Morfológicos, anatômicos, histoquímicos e ultra-estruturais em plantas do cerrado (senso lato) do Estado de São Paulo’. Para a coordenadora do Projeto, a ‘homenagem é incentivo a um trabalho de equipe com visibilidade dentro e fora da UNESP’, comemora.
Trabalhando com o projeto ‘Diretório da Pesquisa Privada’, o economista João Eduardo de Morais Pinto Furtado, coordenador do Grupo de Estudo em Economia Industrial, do Departamento de Economia da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), campus de Araraquara, ficou com o segundo lugar, seguido do engenheiro de materiais Celso Valentim Santilli. Docente do Departamento de Físico-Química do Instituto de Química (IQ), campus de Araraquara, Santilli é o coordenador do projeto ‘Nanomateriais Cerâmicos e Híbridos Preparados pelo Processo Sol-Gel’.
Na categoria Unidade Universitária, a primeira colocação coube ao IQ, com 11 projetos representando a produção de seus cinco departamentos, entre eles, o do docente Santilli. A diretora do IQ, a química Elizabeth Berwerth Stucchi, destaca que esse prêmio é devido à competência do corpo docente e técnico-administrativo do Instituto. ‘A implantação do Programa é importante para a unidade universitária, pois o docente pode implementar melhorias nos laboratórios sem depender do investimento da unidade. É um crédito que complementa o que não podemos fornecer aos nossos professores’, comenta.
Ainda na categoria Unidade Universitária, a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), do campus de Jaboticabal, com 33 projetos, ficou com a estatueta pela segunda colocação em captação de recursos. O terceiro lugar coube ao IB, campus de Botucatu, também com 11 projetos, inclusive o coordenado pela pesquisadora Silvia. Para o pró-reitor Macari, a instituição do Programa foi uma iniciativa positiva da Reitoria. ‘A Universidade, em grande parte, necessita do esforço dos docentes para superar suas dificuldades.’
V.C.