O Conselho Universitário (CO) da USP aprovou em reunião realizada nesta terça-feira, dia 17, a criação do Instituto de Relações Internacionais, que deverá ser implantado ainda este ano. O Instituto vai organizar administrativamente o curso de Relações Internacionais, que é ministrado na Universidade desde 2001.
De acordo com o professor da Faculdade de Direito (FD) da USP, Celso Lafer, que presidiu a comissão especial de criação do Instituto, o órgão terá um modelo de gestão com características organizacionais sem o peso de muitos departamentos. ‘Será uma organização ‘mais leve’, do ponto de vista burocrático’, afirmou o professor, que é chefe do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da FD. ‘A criação do Instituto é um passo importante na simplificação da estrutura institucional’, garantiu.
Inicialmente, o Instituto de Relações Internacionais será dirigido por um diretor pró-tempore que será, em breve, indicado pelo reitor da USP, professor Adolpho José Melfi. O diretor terá um prazo de 60 dias para compor um conselho deliberativo, uma comissão de cursos e elaborar uma lista tríplice que será encaminhado ao reitor, para a escolha dos novos diretor e vice do Instituto.
O conselho deliberativo será formado por representantes docentes das três unidades que ministram as aulas no curso: Faculdade de Direito (FD), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Haverá também representantes discentes.
Sucesso
A secretária geral da USP e professora do curso de Relações Internacionais, Nina Ranieri, considera fundamental a implantação do Instituto. ‘O principal objetivo é conferir organicidade e infra-estrutura a um programa que já é um sucesso’, garantiu.
O curso existe há três anos e atualmente é subordinado à Pró-Reitoria de Graduação da USP. ‘Já é a segundo nota de corte do vestibular da Universidade’, enfatizou Celso Lafer, destacando a qualidade não só do corpo docente como também dos alunos que ingressam no programa.
Ao todo, 180 alunos estudam Relações Internacionais na USP e os professores, de acordo com Lafer, são todos lotados em suas unidades de origem, não havendo assim uma duplicação de salários. A expectativa é que, para 2005, aconteça o primeiro concurso público para contratação de docentes para o Instituto de Relações Internacionais. Quanto a programas de pós-graduação, Celso Lafer acredita que ainda é cedo para pensar no tema. ‘Vamos encaminhar uma coisa de cada vez’, disse.
Antonio Carlos Quinto – Agência USP
