USP: Reitor responde dúvidas dos deputados sobre novo campus da Zona Leste

A meta é oferecer 10 mil vagas na graduação até 2005

qui, 06/11/2003 - 12h22 | Do Portal do Governo

Da Agência de Notícias da USP
Por Valéria Dias

O reitor da USP, Adolpho José Melfi, apresentou um panorama geral da USP, o novo campus na zona Leste e as metas de sua gestão aos deputados estaduais, em uma reunião que aconteceu nesta quarta, dia 5, na Assembléia Legislativa, em São Paulo.

Cerca de 10 mil vagas na graduação é a meta a ser atingida, segundo o reitor, até 2005. Outro ponto destacado é a ampliação das vagas em cursos noturnos. De acordo com Melfi, essa iniciativa oferece aos alunos carentes uma oportunidade de ingressar na USP, assim como as 20 mil isenções da taxa do vestibular, pretendidas até 2004.

Quanto ao número de vagas, a USP Leste oferecerá 1500, distribuídas nos cursos de Artes, Ciências Básicas, Enfermagem Gerontológica, Esportes e Saúde, Formação de Professores, Gestão Ambiental, Informática, Marketing, Políticas Públicas, Lazer e Turismo, a partir de 2005. A Universidade também terá mais 1200 vagas com a incorporação da Faenquil, em Lorena, interior de São Paulo, além do campus II em São Carlos.

Após a apresentação dos números e da atuação da Universidade, os deputados fizeram perguntas e sugestões. Os deputados Ênio Tatto e Anna Martins, por exemplo, questionaram o estatuto da USP e sugeriram que ele fosse alterado a fim de permitir que um curso de graduação seja oferecido em mais de um campus na mesma cidade. A deputada também questionou as opções de cursos oferecidos na USP Leste e propôs uma discussão com a comunidade.

O reitor respondeu que é preciso, num primeiro momento, construir o campus e implantar os cursos. Quando o USP Leste estiver funcionando, o debate poderá ser feito. Lembrou que não há problema algum com a duplicação de cursos, porém a alteração no estatuto deve ser aprovada em reunião do Conselho Universitário. ‘Na verdade, as coisas devem ser feitas em ordem cronológica’, comentou. ‘Quanto às opções de cursos já houve uma definição do que será oferecido.’

Entre os presentes na Assembléia estavam os deputados Célia Leão, Carlinhos Almeida, Edson Gomes, Geraldo Lopes, Jonas Donizette, José Carlos Stangarlini, Luiz Gonzaga Vieira, Roberto Felício, Simão Pedro, Vicente Cândido, Vinicius Camarinha. O encontro contou com representantes da comunidade de Ermelino Matarazzo, do Padre Ticão e dos professores Myriam Krasilchik, da Comissão Central do projeto USP Leste, Antonio Marcos de Aguirra Massola, da Coordenadoria do Espaço Físico (Coesf), Hélio Nogueira da Cruz, vice-reitor, Sonia Penin, pró-reitora de Graduação, e Adílson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, entre outros.

O deputado Simão Pedro questionou o número de vagas e os cursos oferecidos na USP Leste. O reitor respondeu que, inicialmente, seriam oferecidas mil vagas, mas foram ampliadas para 1500. Melfi também ressaltou que o novo campus da capital foi pensado como um projeto de universidade voltada para o desenvolvimento da zona Leste, com os projetos de pesquisa e de extensão direcionados para a região.

A evasão na universidade foi o tema da pergunta do padre Ticão, que questionou se não seria mais barato oferecer bolsas de estudo para os alunos que não conseguem se manter no curso. Segundo o professor Melfi, a taxa de evasão na USP era de 25% e atualmente é 20%. Muitas vezes, o aluno entra na USP para cursar Física ou Matemática mas abandona para prestar Engenharia, na Escola Politécnica, por exemplo. Em outras, o aluno não tem condições de se manter. Para o reitor, o aspecto preocupante da evasão acontece nesse último caso e a Universidade já possui programas nas áreas de alimentação, transporte e moradia, que buscam evitar a saída desse aluno.

Mais informações: (0XX11) 3091-3220, na assessoria de imprensa da Reitoria

V.C.