USP: Rede Pipa Sabe marca início da expansão das atividades da Cidade do Conhecimento

Idéia é utilizar a cultura local como ferramenta para promover um desenvolvimento adequado para o município de Tibau do Sul

qui, 27/11/2003 - 21h18 | Do Portal do Governo

O projeto Cidade do Conhecimento, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, inicia nesta sexta, dia 28, os trabalhos da Rede Pipa Sabe, programa que estimulará o turismo e a educação na Praia da Pipa, no município de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. A idéia é utilizar a cultura local como ferramenta para promover um desenvolvimento adequado para a região, hoje vítima do aumento desordenado do turismo predatório.

Na etapa inicial, serão realizadas até o dia 3 de dezembro oficinas e laboratórios do planejamento estratégico da rede. ‘A Pipa se transformará em uma ‘cidade-escola’ ‘, explica o professor Gilson Schwartz, coordenador do projeto. Nas oficinas, serão abordados temas diversos, como poesia, pesca e jornalismo comunitário.

A recepção dos trabalhos para o povo local, segundo Schwartz, é a melhor possível: ‘todos da Pipa estão redescobrindo a cultura local’, afirma. Para o professor, a cidade está se transformando na ‘Florença Brasileira’, com a interação e a troca de conhecimentos acontecendo nas ruas e praças. ‘A integração é o mais importante, já que participam de nativos a turistas, de operários a empresários’.

Schwartz aponta como justificativa para a boa recepção a preparação que antecedeu a realização dos projetos. ‘Não podíamos chegar aqui, de uma hora para outra, impondo nossa cultura’, destaca. Por isso foram realizados, durante cinco meses, encontros com representantes da comunidade, e o projeto tem o apoio, dentre outras instituições, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do governo do estado e da prefeitura de Tibau do Sul. ‘Para que nós não pareçamos ‘marcianos’ chegando para invadir o lugar’, brinca.

Nova moeda
Durante as oficinas, circulará pela Praia da Pipa uma nova moeda, o garatuí. Esse dinheiro, de valor equivalente ao do real, servirá para a participação nas oficinas e em outras atividades culturais que acontecerão na cidade. ‘O garatuí terá um valor mais qualitativo do que quantitativo. É um elemento que facilitará o desenvolvimento cultural da região’, explica Schwartz. As operações com a nova moeda terão a supervisão da Caixa Econômica Federal.

A Caixa será uma das parceiras do Cidade do Conhecimento na instalação da Rede Pipa. Além dela, dos governos estadual e municipal e da UFRN, colaborarão com o projeto a Imprensa Oficial de São Paulo e os Ministérios da Educação, Comunicações, Relações Exteriores, e Previdência Social. Este último, por intermédio da Dataprev, disponibilizou seis computadores que serão utilizados nos trabalhos. Outras entidades como Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Secretaria Especial do Conselho Econômico e Social (do Governo Federal), Escola do Futuro, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades Especiais (Cecae) da USP também apóiam a iniciativa.

Toda a programação das oficinas pode ser conferida no site www.cidade.usp.br/pipapipa, que traz também mais informações sobre o projeto, como sua missão e objetivos e apresentação oficial.

Mais informações: (11) 3091-4305, na Cidade do Conhecimento, e (84) 246-2070, na Praia da Pipa

Olavo Soares – Agência USP