USP: Programa da OMS avalia políticas na área da saúde

Seminário sobre o assunto será realizado no próximo dia 8 na Capital

sex, 05/11/2004 - 11h01 | Do Portal do Governo

Do Portal da USP


Por Rafael Veríssimo

Avaliar políticas inovadoras para traçar os caminhos mais adequados no combate a problemas na saúde da população. Partindo desta premissa, serão apresentados na próxima segunda, dia 8, o Seminário do Programa Cidades e Saúde, os resultados de pesquisas que têm como base as ações do governo municipal nas áreas de saúde ambiental e saúde dos jovens. Os estudos foram realizados em parceria entre a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, a Prefeitura de São Paulo e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que coordena o programa através de seu centro em Kobe, no Japão.

‘O objetivo é produzir um banco de dados para que prefeituras do mundo inteiro possam ter informações sobre essas políticas públicas e, quem sabe, utilizá-las em seus municípios’, afirma a professora da FSP e coordenadora do projeto no Brasil, Helena Ribeiro.

Sob recomendação da OMS, foram escolhidos os temas desenvolvidos na cidade paulistana: os problemas de saúde enfrentados pelos jovens – desde aids, gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis (DST) até a violência urbana – e a falta de infra-estrutura sanitária nas áreas mais pobres da cidade.

Plantões jovens

Os temas serão apresentados em três tópicos, correspondentes a seus respectivos programas na cidade. O primeiro, intitulado ‘Bem-estar mental de jovens’, trata da ação dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em bairros pobres da cidade, como Cidade Tiradentes, Itaim Paulista, Campo Limpo e São Miguel Paulista.

‘Nestes plantões, são os próprios jovens que informam e aconselham as pessoas de mesma faixa etária sobre violência, DST, aids e gravidez. Os usuários se sentem muito mais confortáveis para conversar com esses plantonistas, pois além de utilizar a mesma linguagem, eles vivem na mesma comunidade’, antecipa Helena, que aponta a busca por preservativos como outro grande atrativo dos ‘Plantões Jovens’.

Os problemas relacionados ao uso de álcool e de drogas fazem parte do segundo tema, que se baseia no programa de distribuição de kits de redução de danos aos dependentes químicos.

O terceiro projeto analisado é o Programa Guarapiranga, realizado pela prefeitura em áreas próximas à represa de mesmo nome. A pesquisa foi feita a partir da comparação entre o nível de satisfação dos moradores que já passaram pela reurbanização promovida pelo programa com aqueles que ainda habitam áreas favelizadas às margens da represa.

Após as apresentações, uma mesa de debates formada por estudiosos de áreas como saúde pública e urbanismo irá discutir os resultados obtidos nas pesquisas.

O Seminário do Programa Cidades e Saúde começa às 14 horas no Auditório Paula Souza, localizado no andar térreo da Faculdade de Saúde Pública (Av. Dr. Arnaldo, 715, Cerqueira César, São Paulo).

Mais informações: (0XX11) 3066-7712, ramal 218 com Helena Ribeiro

V.C.