USP: Programa Bairro Legal da FAU quer reurbanizar áreas pobres da periferia

Plano de ação habitacional e urbano tem por meta promover melhorias nos bairros a partir da realidade do lugar

seg, 08/09/2003 - 9h31 | Do Portal do Governo

O Plano de Ação Habitacional e Urbano Programa Bairro Legal, desenvolvido pela Fundação de Apoio à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP, por meio de seu Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos (Labhab), é uma ação de política pública que visa à melhoria das condições de vida nos bairros Jardim Ângela, Brasilândia e Cidade Tiradentes, caracterizados pela violência urbana e extrema exclusão socioeconômica.

“A idéia é promover um plano urbanístico local para a periferia, diferente dos tradicionais, que trabalham com grandes diretrizes mas distantes da realidade do lugar”, diz um dos coordenadores do programa, João Whitaker, professor do Departamento de Planejamento Urbano da FAU.

“Outra proposta é integrar e fortalecer as políticas locais existentes e instituir um novo sistema de gestão com a participação dos moradores, por meio de conselhos e formação de agentes comunitários”, frisa o urbanista.

Melhoria urbana

Construir pontes sobre córregos; abrir ruas em áreas descampadas para evitar o tráfico de drogas; criar pequenos centros públicos de apoio à população supervisionados pelas subprefeituras; instalar postos de correio e de saúde e escolas que também funcionem como centros de esporte, cultura e lazer são algumas das ações previstas no programa.

Para a coordenadora do Labhab, a arquiteta e urbanista Maria Lúcia Refinetti Martins, o projeto de pesquisa e extensão é uma proposta de melhoria urbana e também de aprendizado para os alunos da FAU. “Queremos buscar alternativas para qualificar e regularizar esses bairros precários. Algumas áreas precisam de recuperação básica e saneamento.

O plano, que tem o apoio da Prefeitura de São Paulo, do Programa Cities Alliance do Banco Mundial (Bird) e das ONGs Grupo Técnico de Apoio e Usina, prevê ações que vão proporcionar aos moradores melhor qualidade de vida e identificação com o lugar em que moram, para que valorizem o seu bairro e até se orgulhem dele.”

Marcia Bitencourt
Da Agência Imprensa Oficial

(AM)