USP: Programa ajuda pais a superarem internação de recém-nascidos

Projeto é coordenado pelos professores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

ter, 12/07/2005 - 13h19 | Do Portal do Governo

A internação de um filho recém-nascido é uma situação estressante para pais e acompanhantes. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP criou o programa ‘A enfermagem no apoio aos pais de bebês em unidades neonatais: a caminho da humanização e integralidade da assistência’.

O intuito do programa é levar entretenimento a essas mães e acompanhantes, por meio de diversas atividades, como dinâmicas de grupo e brincadeiras: bola atrás, jogos de dominó e baralho, confecção de redes de barbantes, de porta trecos, porta retratos e bordados. O projeto é coordenado pelas professoras da EERP, Carmen Scochi e Adriana Leite.

No início do projeto as mães não aceitaram plenamente a idéia, pois achavam que estariam deixando o bebê de lado para se divertirem. Segundo as pesquisadoras, as mães acompanhantes se culpam por não terem levado a gestação até o final.

A ligação entre mãe e filho é bastante presente nos trabalhos realizados. Elas revertem o que aprendem em ornamentos para os bebês, como toalhas bordadas com os nomes dos filhos e identificação para os berços. ‘O processo de aceitação do bebê é gradual e o intuito é incentivar a aproximação e o cuidado com o filho, e não de cobrar para uma aceitação instantânea’, relatam as professoras.

Os resultados do programa se mostraram tão positivos que a professora Maria Gorete de Vasconcelos, após realizar doutorado na EERP analisando as experiências das mães atendidas pelo programa em RP, resolveu implantar projeto semelhante no Hospital das Clínicas de Recife.

Lá, o projeto ganhou o nome de ‘GAMA – Grupo de mães acompanhantes’. Existem algumas diferenças: no Recife as mães possuem um alojamento próprio, enquanto que no HC de Ribeirão Preto as mães ficam nas próprias unidades neonatais. Outra diferença é em relação às atividades desenvolvidas. Lá elas preferem fazer bijuterias como brincos e caminhar na praia.

Agência USP