USP: Poli ganha lugar de destaque entre escolas de engenharia européias

É a primeira faculdade não-européia a integrar associação Top Industrial Managers Europe

sex, 07/11/2003 - 13h06 | Do Portal do Governo

As possibilidades de relações internacionais para os alunos e docentes da Escola Politécnica (Poli) da USP aumentaram desde o mês passado. A faculdade foi a primeira não-européia a passar a integrar a associação Top Industrial Managers Europe (TIME), que reúne as mais destacadas escolas de engenharia européias. Para comemorar, dia 3 de dezembro, às 15 horas, haverá evento no Anfiteatro do prédio Eng. Mário Covas Jr., na Poli.

Vahan Agopyan, professor e diretor da instituição, acredita que o principal benefício será a extensão dos convênios para o diploma duplo. ‘É uma forma de obter certificado de engenheiro tanto na Poli como numa faculdade européia, cursando dois anos extras lá’, informa.

A primeira turma com duplo diploma da Escola Politécnica deve se formar no ano que vem, enquanto um aluno francês já se formou ano passado aqui. Além disso, há hoje na faculdade estudantes de oito escolas francesas com o mesmo objetivo.

‘De aproximadamente dez escolas com as quais temos esse convênio, passamos para 46’, conta o diretor. O normal é que, a cada vez que se tenta um novo convênio, se passe por todo um processo de reconhecimento da Poli. Mas, após o dia 10, ela se tornou automaticamente reconhecida pelas 40 faculdades da TIME. Agora, são 43 escolas com a USP.

E os benefícios são para todos, de acordo com o diretor: ‘Mais possibilidades de estágio ou intercâmbio para os alunos de graduação, além de parcerias de pesquisa ou trabalhos para os de pós-graduação e para os docentes.’ Dessa forma, os convênios – antes estabelecidos de modo pontual, entre um professor daqui e outro de uma faculdade européia –, agora, podem ser facilmente viabilizados entre departamentos ou instituições inteiras.

Distinção na Europa

A candidatura da Poli foi defendida pelo próprio diretor e pelo responsável pela Comissão de Relações Internacionais, Adnei de Andrade, no dia 10 de outubro, em Atenas. Vale ressaltar que, para admitir a Poli, a associação teve de mudar seu estatuto, que não permitia o ingresso de faculdades não-européias. Mais: na mesma reunião, outras faculdades do próprio continente europeu foram recusadas. ‘Nossas oportunidades estão abertas não somente com as escolas que integram a TIME. Diante da distinção obtida, outras universidades terão interesse em firmar acordos conosco’, diz Agopyan.

A TIME abrange escolas de engenharia da França, Alemanha, Itália, Turquia, Grécia, Rússia e Portugal. Sua estrutura é descentralizada, mas conta com uma secretaria na França, e a presidência atual, rotativa, é italiana

‘Com a entrada da Poli na associação, a faculdade e a USP ficam reconhecidas como escola de ponta; é como se tivéssemos recebido um selo de qualidade internacional’, resume o diretor.

Maurício Kanno
Da Agência USP

(AM)