Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de imprensa da Politécnica da USP
A Escola Politécnica (EP) da USP comemorou ontem 100 anos da inauguração de sua primeira oficina didática de fundição. Durante o evento foram realizadas algumas palestras por profissionais envolvidos com o tema na EP e com a história da sua atividade no Brasil.
A oficina da Politécnica foi a primeira com função didática no País. ‘Ela não foi construída para produzir, mas para ensinar e desenvolver tecnologia. Os materiais metálicos utilizados são resultantes da fundição. A indústria depende dela e o Brasil é um grande produtor de materiais fundidos, com tendência para expansão’, disse o professor Clóvis Bradaschia, organizador da comemoração.
‘A Escola Politécnica ensinou o bê-á-bá da fundição ao Brasil. A partir da oficina didática nasceram o conceito de fundição e uma série de grandes instituições, como a Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais e a Associação Brasileira de Indústrias de Fundição. Por isso, o evento foi muito mais que uma festa de aniversário’, disse o professor.
Os mestres Bradaschia e Miguel Siegel, e representantes de entidades ligadas à pesquisa e à produção metalúrgica foram palestrantes.
Um século de fundição
A pequena fundição didática, idealizada pelo criador da EP, Antônio Francisco de Paula Souza, já estava prevista nas plantas de 1899. A atividade começou em dezembro de 1902, com a inauguração oficial em 15 de fevereiro do ano seguinte.
Da primeira formação, só restaram o pequeno forno de tipo cubilô (cilíndrico onde se refunde o ferro) e a placa comemorativa. Esses materiais estão expostos no saguão do departamento de engenharia metalúrgica e de materiais da instituição.
Em 1934, a antiga Escola Polytechnica foi incorporada à USP. Cinco anos depois, o professor de engenharia Miguel Siegel deu novo impulso às atividades de fundição. As instalações da Rua Três Rios, atualmente ocupadas pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), foram gradativamente transferidas para a Cidade Universitária.
Em 1953, o professor Clóvis Bradaschia ministrou o primeiro curso do Estado de São Paulo com o objetivo de formar a fundição. A iniciativa estimulou a disseminação da atividade.
(AM)
