A Poli/USP estará aceitando, até 15 de dezembro, as inscrições para o processo seletivo dos engenheiros que formarão as turmas de 2005. Seus alunos apresentaram o 2º maior número de propostas de estudos, entre as universidades, para o Congresso SAE Brasil, principal evento de tecnologia de mobilidade da América Latina, que teve início nesta quarta-feira, dia 16, em São Paulo. O curso funciona como um laboratório de idéias para solucionar problemas do setor automotivo.
Até o dia 15 de dezembro, estarão abertas as inscrições para o Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Os interessados em participar do processo seletivo dos profissionais que formarão as novas turmas de 2005 já podem se inscrever. Esse tipo de pós-graduação stricto sensu é tradicional nos Estados Unidos e na Europa, mas é o único do Brasil em Engenharia Automotiva. O curso recebeu a aprovação e recomendação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação e Cultura (MEC), e o diploma conferido tem validade nacional.
O mestrando pode cursar as disciplinas de maior interesse, para complementar sua formação acadêmica e atender à demanda da empresa onde trabalha. Ao completar o curso, que tem duração de dois anos, o profissional recebe o título de Mestre e está capacitado a liderar processos de evolução e transformação tecnológica em organizações do setor automobilístico. Em maio deste ano, três mestrandos (profissionais da Visteon e Volkswagen) apresentaram seus trabalhos na Fisita 2004 (The International Federation of Engineering Automotive) World Automotive Congress, em Barcelona, na Espanha.
Poli/USP no Congresso SAE Brasil
Alunos da Escola Politécnica da USP, incluindo os profissionais que cursam o Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva, inscreveram 16 propostas de trabalhos para a edição 2004 do Congresso SAE Brasil, o maior evento de tecnologia de mobilidade da América Latina, aberto no dia 16 e que seguirá até o dia 18 de novembro, em São Paulo (SP). Entre as universidades participantes, a Poli ocupa a segunda posição (juntamente com a Unicamp) do maior número de propostas inscritas, considerando o autor principal do trabalho. E no ranking geral, que inclui empresas, a Poli está em quarto lugar (são, ao todo, 18 posições). Os mestrandos aprendem a buscar soluções que podem ser implementadas nas empresas onde trabalham, cujos resultados ficam registrados em estudos como estes que serão apresentados no Congresso.
De acordo com o levantamento da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), o número de propostas apresentadas cujos trabalhos foram realizados, em conjunto, por universidades e empresas praticamente dobrou, passando de 56, em 2003, para 105, neste ano. ‘A parceria entre universidades e empresas é a melhor alternativa para o desenvolvimento do País, pois temos a união de esforços em torno de soluções de problemas reais’, afirma o chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli/USP, prof. Dr. Ronaldo Salvagni, que também coordena o Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva.
Laboratório de idéias para o setor automotivo
Ao ingressar no Mestrado Profissional de Engenharia Automotiva da Poli/USP, após a processo seletivo, o engenheiro participa de um curso de metodologia de pesquisa. As aulas sobre Métodos e Técnicas para Elaboração de Idéias e Desenvolvimento de Projetos de Pesquisas são iniciadas meses antes do profissional ingressar no Mestrado. Ou seja, o engenheiro passa por uma espécie de ‘laboratório de idéias’ antes de começar a desenvolver as pesquisas para a pós-graduação, as quais buscam, geralmente, soluções para problemas enfrentados pela empresa onde ele trabalha.
Segundo a professora Dra. Janette Brunstein, que ministra o curso, a maioria dos cursos de metodologia de pesquisa enfoca técnicas e métodos de investigação, concentrando-se pouco na construção da idéia. Para ela, o grande diferencial do curso da Poli é a formação de competências: ‘A capacidade de identificar um problema, coletar dados e encaminhar, ou mesmo propor soluções é uma alta competência, que agrega valor a todas as áreas de ação do indivíduo e não se restringe à execução de uma dissertação’, explica.
