Um grupo de pesquisadores do Instituto de Geociências (IGc) da Universidade de São Paulo, liderado pelo mineralogista Daniel Atêncio, acaba de descobrir um novo mineral, batizado de coutinhoíta. A descoberta foi realizada durante uma incursão do grupo na mina de Urucum, na região da Galiléia, a cerca de 50 km de Governador Valadares (MG).
O novo mineral é descrito na tese de doutorado Coutinhoíta, um novo silicato de urânio análogo à weeksita, defendida pelo físico Flávio Machado de Souza Carvalho. A coutinhoíta é um mineral que pode indicar se o lixo nuclear está bem vedado ou não.
O estudo de Carvalho define os parâmetros físicos do mineral. Para ele, a formação do mineral não foi um evento corriqueiro, apesar de a mina de Urucum ser de um tipo propício para a ocorrência de minerais raros. A International Mineralogical Association – IMA, órgão regulador da mineralogia mundial, reconheceu o mineral, que será incluído no catálogo da organização. O nome escolhido é uma homenagem ao professor emérito do IGc, José Moacyr Vianna Coutinho, um dos maiores mineralogistas brasileiros.
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)