Um estudo revelou que os usuários de automóvel da capital paulista têm dificuldades para mudar seus comportamentos e só deixariam de usar o veículo se sofressem pressões econômicas, como pedágio urbano ou multas. Além disso, 58,5% das pessoas que circulam sozinhas em seus carros não se consideram responsáveis pela poluição do ar da cidade. Apenas 29% dos entrevistados assumiram que o veículo individual causa problemas ambientais, e 12,5% não se posicionaram.
A pesquisa, desenvolvida no Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica (Poli) da USP com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), avaliou o comportamento de 176 usuários de carros da cidade de São Paulo, principalmente empregados e estudantes universitários maiores de 18 anos. O objetivo era identificar quais são os fatores comportamentais dos usuários de automóveis que ajudariam na elaboração de políticas públicas que reduzam a demanda por transporte individual.
Estratégias
Os entrevistados também expuseram na pesquisa suas estratégias para driblar congestionamentos. A mais comum é aquela que o mantém no automóvel com ar condicionado e rádio, procurando conforto e não necessariamente economia de tempo na viagem. Apenas como segunda alternativa foi cogitada a hipótese de uso do metrô e, em terceiro lugar, foi mencionada a possibilidade de alterar os horários de saída de casa para o trabalho ou escola.
Mais informações: (11) 3214-1016 ou e-mail lalberto@usp.br
Simone Harnik – Agência USP