Para diminuir o índice de vazamento de água nas redes de abastecimentos urbanos, pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveram modelos que calculam a pressão da água levando em conta os vazamentos e a demanda variável das redes. “Simulações em computador, com base em dados colhidos em redes reais, comprovam redução considerável de vazamentos com a instalação de válvulas redutoras de pressão em pontos mais adequados da rede’, ressalta a professora Luísa Fernanda Ribeiro Reis, que integra o Grupo de Estudos Avançados em Sistemas de Distribuição de Águas (GEASD) da EESC.
De acordo com a pesquisadora, os modelos matemáticos de simulação hidráulica existentes não consideram os vazamentos e a demanda, por isso são menos realistas. Com o controle da pressão da água nas redes urbanas será possível diminuir o índice de vazamentos. Para tanto, é preciso que as empresas de abastecimento tenham modelos adequados, que reproduzam fielmente o comportamento das redes, para exercer seu controle de maneira mais efetiva, garantindo o abastecimento satisfatório da população.
Luísa afirma que o tempo de implantação dos cálculos criados na EESC depende do tamanho da rede de abastecimento e do levantamento setorizado do consumo de água e dos vazamentos. Ela observa que não é possível falar em “vazamento zero”, principalmente se for levado em conta a idade das redes de abastecimento, o material utilizado, o padrão de assentamento e a qualidade da manutenção das tubulações. “Não existe rede estanque, todas vazam. Entretanto, do ponto de vista da sustentabilidade dos recursos hídricos, é inadmissível que cerca de 40% da água bombeada e tratada se perca no sistema de distribuição”.
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
