USP: Minifábrica facilitará a prática de alunos de engenharia em São Carlos

A idéia de construção da minifábrica nasceu de um projeto de dois alunos da Escola de Engenharia

qui, 09/12/2004 - 13h32 | Do Portal do Governo

Alunos da Escola de Engenharia da USP de São Carlos (EESC) terão à sua disposição, a partir de 2005, uma minifábrica que simulará algumas etapas da produção de um processo industrial, como utilizados em montadoras e usinas de álcool e açúcar.

De acordo com o professor Glauco Augusto de Paula Caurin, do Departamento de Mecânica da EESC, o primeiro módulo deverá estar concluído em março. ‘A instalação poderá ser colocada numa mesa de escritório e ocupará um espaço de apenas 1 metro quadrado com 20 centímetros de altura’, informa o professor.

A primeira estrutura, segundo Caurin, simula uma instalação transportadora de materiais, comumente encontradas em usinas de álcool e açúcar. O projeto vai ajudar a atender uma demanda de recursos humanos da região, que concentra diversas cidades que mantém usinas de açúcar e álcool. ‘A minifábrica não será um laboratório de inovações, ao menos por enquanto. O objetivo principal é fazer com que os alunos apliquem conceitos à prática, ou seja, fornecer conhecimento aos estudantes’, explica o professor.

Neste primeiro momento, a minifábrica terá um conjunto de esteiras transportadoras onde os futuros engenheiros poderão simular, por exemplo, situações de controle de desempenho de produção. ‘A convivência do aluno com este tipo de instalação poderá influir positivamente na sua entrada no mercado de trabalho. Afinal, ele terá uma convivência estreita com uma estrutura bem próxima da realidade’, garante Caurin.

A minifábrica da EESC será composta de um conjunto de motores, manipuladores, esteiras transportadoras, controladores e sensores de máquinas. ‘Por tratar-se de um sistema modular, a estrutura ganhará novas células com o passar do tempo’, diz o professor. A minifábrica poderá ser utilizada por todos os alunos da EESC.

Doações
A idéia de construção da minifábrica nasceu de um projeto de dois alunos do curso de pós-graduação da EESC. André Mirandola e Ricardo Joaquim, ambos pesquisadores do Laboratório de Mecatrônica, contaram com a ajuda de André Dias, que é aluno da graduação.

‘Nós apenas supervisionamos o projeto’, conta Caurin. De acordo com o professor, André Dias foi o responsável pelo desenho do projeto e pelos contatos com empresas interessadas em realizar doações de equipamentos. Entre as indústrias, a idéia foi bem aceita, o que resultou em doação de esteiras transportadores, equipamentos de automação e motores.

Com as doações, Caurin calcula que a Universidade tenha economizado cerca de US$ 100 mil. Até o momento, a Cestari, indústria da região, doou dois motoredutores, enquanto a empresa Atos, forneceu uma unidade de controle (CLP). Em alguns casos, as doações acontecem em caráter definitivo ou em comodato, por um período pré-determinado. ‘Em qualquer dos casos, as empresas têm nos auxiliado de maneira positiva’, conta o professor.>

Antonio Carlos Quinto, Da Agência USP

M.J.